
O grupo Equality California, que defende a expansão dos direitos LGBTTIQ no estado pelo qual o senador foi eleito, deu consecutivos zeros a Ashburn em sua tradicional avaliação de políticos que apoiam a causa. No mesmo programa de rádio em que saiu do armário, Ashburn disse que tinha que defender, nas votações no senado, a posição do seu eleitorado, não a dos gays.
O coordenador do Grupo de Pesquisa em Cultura e Sexualidade (CULT-UFBA) Leandro Colling, doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea pelo PPGCCC, da Facom-UFBA com tese na área de mídia e eleições, disse em entrevista que "Queria ver o que iria acontecer se alguém disesse que está votando a favor dos seus eleitores machos, brancos e de classe alta". Colling acredita que "esse escândalo mostra mais uma vez o poder da homofobia. Por causa dela, um gay, ao invés de lutar por conquistas para a comunidade gay, vira um anti-gay. Sem pensar nisso, iremos individualizar um problema que, assim, nunca será resolvido".
Nos Estados Unidos, várias organizações como a Equality California vem conseguindo diferentes níveis de avanços legais quanto aos direitos LGBTTIQ junto aos governos estaduais. Aqui no Brasil, temos o PLC 122/2006, antigo Projeto de Lei nº 5003-b/2001, apelidado por conservadores de "Lei da Mordaça Gay", em tramitação no legislativo já há quase uma década. O projeto, que sofre grande resistência da bancada religiosa, pretende enquadrar discriminação por identidade de gênero e orientação sexual na categoria de crimes de discrminação ou preconceito, e vive "pra lá" e "pra cá" no senado.
Há também o Programa Brasil Sem Homofobia, que segundo Colling "foi um importante passo, mas anda muito lentamente". Em Salvador, temos a lei municipal que proibe d
iscriminação por orientação sexual em estabelecimentos comerciais, sob pena de perda do alvará de funcionamento. No legislativo, as vereadoras Leo Kret do Brasil, Marta Rodrigues, Vania Galvão e Olivia Santana são nomes que se sobressaem no combate à homofobia. A respeito da não-aprovação da PLC 122/2006, Leo Kret afirmou em entrevista que é "um retrocesso para o Brasil ver tantos/as cidadãoes/ãs brasileiras assassinadas, agredidos/as e discriminados/as sem uma lei que os/as protejam e, especialmente, tendo direitos civis negados". Perguntada se há resistência à proposição de leis que venham a ampliar os direitos da população LGBTTIQ em Salvador, a vereadora disse que "se identificar qualquer resistência denunciarei sem pena, pois como Edis temos que ter consciência de nossa responsabilidade".
Por: João Araújo.
Nos Estados Unidos, várias organizações como a Equality California vem conseguindo diferentes níveis de avanços legais quanto aos direitos LGBTTIQ junto aos governos estaduais. Aqui no Brasil, temos o PLC 122/2006, antigo Projeto de Lei nº 5003-b/2001, apelidado por conservadores de "Lei da Mordaça Gay", em tramitação no legislativo já há quase uma década. O projeto, que sofre grande resistência da bancada religiosa, pretende enquadrar discriminação por identidade de gênero e orientação sexual na categoria de crimes de discrminação ou preconceito, e vive "pra lá" e "pra cá" no senado.
Há também o Programa Brasil Sem Homofobia, que segundo Colling "foi um importante passo, mas anda muito lentamente". Em Salvador, temos a lei municipal que proibe d

Por: João Araújo.