domingo, 27 de junho de 2010

Respeita os oito baixos do teu pai!


Os festejos juninos no nordeste são compostos essencialmente de tradições. São cores, rezas, fogos, santos, festas e claro, muito forró. Cada elemento dessa fantástica fusão de signos que é o são João pode ser infinitamente destrinchado em muitas e muitas camadas de história. A sanfona é um belo exemplo disto.

Contrariando muitas versões populares, o instrumento precursor da sanfona foi criado inicialmente na China, há cerca de cinco mil anos atrás, e chamava-se Tcheng. Em 1829, um austríaco chamado Cyrillus Demian registrou a nomenclatura Accordeon. Mas, um instrumento que perdura até os tempos atuais e não sai da moda, não poderia ser criação de um só homem. No mesmo ano, Charles Wheatstone registrou a patente do mesmo instrumento, só que o chamando de Concertina. Em 1936, foi publicado em Viena, berço de grandes genialidades musicais, os primeiros métodos para o ensino da sanfona.

No Brasil, as primeiras notas do aparelho chegaram através dos imigrantes europeus. Alemães e italianos o trouxeram para os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde passou a executar não o forró, mas ritmos diversos, como o fado, a valsa e a polca. Nas diferentes regiões por onde passou, o acordeon foi ganhando características pessoais do local, assim como diferentes denominações: sanfona para os nordestinos e gaita, gaita de foles ou realejo, no Sul.

Muito difundido no país a partir da década de 50, a versatilidade da sanfona conquistou cada vez mais adeptos, especialmente os nordestinos. Nesse contexto, surgiu a simbólica figura de Luiz Gonzaga, conhecido como o rei do baião e um dos grandes responsáveis pela popularização do estilo através dos seus grandes sucessos.

Nas recentes comemorações juninas, são muitos os representantes da nova geração que continuam dignamente a trajetória do instrumento. Um grande exemplo disto é um jovem rapaz conhecido como Tadeu do Acordeon (foto), líder da banda Jerimum Assado, que há sete anos produz o tradicional forró nordestino. Ano passado, José Tadeu de Oliveira Filho venceu o concurso regional de sanfona da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). O forrozeiro, que este conquistou o terceiro lugar no mesmo concurso, diz que foi criado em ambiente rural e sempre ouviu as músicas do rei Luiz Gonzaga, até que resolveu arriscar e tocar sozinho a sanfona velha de um amigo, brincadeira que já completa oito anos.

No bairro de Fazenda Coutos, em Salvador, Joildo Cordeiro atravessa seus dias consertando, tocando e afinando o instrumento. Ele aprendeu a tocar e a restaurar a sanfona com o pai, e há quase de trinta anos vive deste trabalho. Hoje, ele tem uma oficina na sua própria casa, e, principalmente no período de festas juninas, passa dia e noite convivendo com o antigo Tcheng. Locais como este são raríssimos, mas, com a ajuda de equipamentos eletrônicos e um ouvido bem apurado, seu Joildo concerta e afina. A fama fez com que ele criasse um trio nordestino, o que o deixou conhecido como Galego do Acordeon.

Resultado de anos de tradição, evolução e muita música, hoje, o som da sanfona é um dos principais elementos que garante a alegria da festa de São João.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

QUEM VAI AO CIRCO?


Apesar do aparente estímulo da mídia e do recorrente aumento na procura por atividades circenses, os circos de lona estão perdendo espaço dentro da capital baiana. O encanto da “redescoberta” do circo se reflete de forma superficial, pois abarcam sobretudo uma camada da classe média, menosprezando outros setores menos favorecidos da nossa sociedade. Vale frisar que esse interesse se estende principalmente ao circo moderno, a exemplo do “Cirque du Soleil”, e não alcança os tradicionais “cirquinhos” de cultura itinerante que se localizam em sua maioria no interior do estado.

O que se pode perceber é que os circos de médio porte estão deixando de existir e que os cirquinhos, de cultura majoritariamente familiar, estão passando por dificuldades de ordem financeira e estrutural. “A gama de circos está diminuindo cada vez mais, ou se tem uma superprodução para que exista um interesse do público e se possa cobrar um ingresso mais caro ou se tem um circo pequeno, também chamado de cirquinho, e coloca-se o ingresso bem baratinho”, afirma Márcia Ogava coordenadora do circo Picolino.

Embora exista um público interessado nas atividades circenses há uma carência de espaços de circo na cidade. As aulas se espalharam por muitos locais como academias de ioga, escolas de teatro ou mesmo centros artísticos, o que não se iguala à magia de estar sob a lona. A produção de espetáculos na cidade é insipiente e o mesmo se pode dizer da divulgação. Segundo a psicóloga e artista circense Luanna Lima, “falta dar continuidade e uma maior divulgação aos projetos, porque fica muito restrito a um público que já participa do movimento circense”.

A falta de uma estrutura que suporte os treinos e ensaios muitas vezes desestimula a produção de espetáculos e provoca alguns acidentes. “Salvador é muito carente de espaços para o circo. Nós somos uma trupe e estamos ensaiando em árvores. Apresentamos em alguns eventos e normalmente não dá pra fazer aéreo por falta de estrutura”, afirma a professora de ioga e artista circense Anna Lice Mascarenhas que atualmente participa da Trupeniquim.

Apesar de o circo estar presente na Bahia a mais de 20 anos, a criação de um núcleo de artes circenses na Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) é atual, assim como a criação de uma cooperativa de artistas circenses baianos. Estes dois órgãos agem conjuntamente na busca por um mapeamento e memória do circo na Bahia. “A reunião da classe e reconhecimento do circo como importante segmento artístico da sociedade, já é de grande importância nestes primeiros encontros”, afirma Wilma Macedo, secretária da cooperativa.

Estas duas instituições têm como objetivos fomentar a formação de platéias, incentivar o circo itinerante e estabelecer um apoio por parte do Estado para melhor receber o circo em sua cidade com relação a necessidades básicas como espaço, instalações elétricas e fornecimento de água. Também estão sendo desenvolvidos editais públicos com bolsas para a lona dos circos de pequeno porte, para a produção de espetáculos e incentivo à pesquisa da arte circense.


Circo Picolino

Criada em 1986, por um grupo de artistas performáticos, quando só havia três escolas circenses em todo o país, a Picolino é a primeira escola de circo do Norte-Nordeste. Batizada de Picolino, em homenagem ao palhaço brasileiro homônimo que passou a vida espalhando alegria pelo mundo, a escola mudou de sede algumas vezes, se estabelecendo definitivamente em Pituaçu.

Durante os primeiros anos, a escola teve como público cativo às famílias de classe média, mas a partir de 1991, passou a oferecer malabares, trapézio, monociclo e inclusão social também para meninos e meninas de rua, através de programas sociais em parceria com Ongs, órgãos do estado e do município. A iniciativa veio do Ministério Publico, mais precisamente do Juizado de Menores, que levaram ao Picolino um grupo de menores infratores para receberem aulas como meio de ajudá-los a se reintegrar na sociedade.

Houve no primeiro momento um preconceito por partes dos familiares dos alunos particulares, no entanto entre as crianças a convivência e interação foram gratificantes. “Percebeu-se uma melhora por parte das crianças infratoras que se deram conta que aquela era uma maneira de tirá-los da infração e por parte dos alunos particulares que passaram a perceber que o outro era uma criança assim como ele, apesar dos diferentes estilos de vida” afirma a coordenadora de projetos pedagógicos Márcia Ogava.

A partir de então a escola Picolino se voltou para um trabalho social de reintegração de menores na sociedade através do circo. Houve algumas parcerias, mas sem dúvida a mais frutífera foi com o projeto Axé para atender meninos e meninas de ruas. A parceria dura até os dias de hoje e desenvolveu conjuntamente um projeto de formação de instrutores no qual os antigos alunos acabaram tornando-se também facilitadores da escola.

À medida que aumentava o atendimento aos projetos sociais diminuía o numero de alunos particulares por preconceito dos pais. Hoje a escola conta com um percentual de alunos majoritariamente proveniente dos projetos. A intenção era de se trabalhar com uma média de 400 alunos, no entanto as parcerias ainda não foram restabelecidas e a escola neste momento conta com o apoio de apenas dois convênios, o que garante a manutenção de somente 150 alunos.

A arte-educação tem em vista que o contato do aluno com um meio artístico desenvolve sua capacidade intelectiva e aumenta o senso de convivência em comunidade. A Picolino vem trabalhando com projetos sociais a cerca de 17 anos e a adesão em seus alunos é evidente. “Você pode obrigar a criança a ir para a escola, mas não a estudar. Mas quando elas vêm ao circo elas gostam, é uma atividade que lhes dá prazer e as auxilia na sua vida estudantil e comunitária” complementa Márcia Ogava.



Importância da atividade circense


Se envolver com as artes circenses vai além de aprender uma técnica, uma postura e determinadas movimentações físicas. O aprendiz lida diariamente com as suas limitações e trabalha a resistência às frustrações. Assim pensa a artista circense e psicóloga Luanna Lima que atualmente desenvolve um programa com a psicologia e a acrobacia aérea. Tendo como base às técnicas de tecido e trapézio como veículo para trabalhar a autoconfiança, a frustração, o respeito e o reconhecimento aos seus limites. Todas essas questões psicológicas são trabalhadas a partir do contato com a técnica.

Trata-se de uma conquista diária, com base no treino e na tentativa de superação das dificuldades iniciais. Em um mês o aluno consegue resultados que julgava inatingíveis, isso o leva a se reconhecer como vencedor, melhorando sua auto-estima, aumentando a confiança em seu potencial. Ao desenvolver com a técnica certas qualidades na sua personalidade o aluno as leva para a sua vida cotidiana. Ao se deparar com um problema ele não se curva, vai tentar solucioná-lo de diversas maneiras diferentes, até conseguir resolvê-lo, assim como fez com a técnica. É nesta idéia que se baseia o trabalho e a pesquisa da psicóloga Luanna Lima.

Sua pesquisa ressalta ainda a importância da relação que se constrói entre o aluno e o professor. “O facilitador precisa acolher a pessoa que está ensinando, porque tem alguns alunos que morrem de medo” complementa. O professor precisa se manter calmo e perseverante, incentivando o aluno, mas também respeitando seus limites. “A minha forma de trabalho é visando à expressão, não é necessário alcançar a perfeição, importa o caminho e o aprendizado. Não existe um ponto final ou uma posição necessariamente certa, cada um tem uma maneira de se expressar e nós vamos dar um valor para aquilo”.

Cada atividade circense proporciona algum desenvolvimento, não só com a técnica, mas na personalidade e no modo de ser do aprendiz. A acrobacia é a técnica principal, obrigatória em qualquer circo, porque proporciona educação corporal. É onde se aprende a como reagir se cair. O malabarismo trabalha a coordenação motora, a inteligência e o reflexo. Já a técnica do equilíbrio no arame é onde se aprende a encontrar o eixo. No ambiente aéreo, o trapézio e o tecido exigem força e coragem. Além de muitas outras qualidades que cada pessoa pode desenvolver individualmente a partir do contato com a técnica e o circo.

Além de oferecerem benefícios a saúde, como um melhor condicionamento físico, coordenação motora e flexibilidade, as atividades circenses proporcionam outras formas de melhorias, em principal para as crianças, que necessitam uma atividade física no desenvolvimento de seu crescimento para uma infância saudável e ativa. "Hoje em dia eles estão muito voltados para atividades estáticas, pouco se mexem. Uma atividade física é essencial", ressalta a fisioteraputa Amanda Lemos, que assinala a importância de exercícios que melhorem os sistemas cardiovasculares, respiratórios e musculares.

As modalidades circenses abrangem malabares, trapézio, acrobacia, tecido e perna de pau, proporcionando ao praticante o contato com uma nova cultura, além da experiência do trabalho em grupo. A maioria dos exercícios necessita da ajuda de um companheiro, o que permite novas amizades.

História do circo:

Se desejarmos ir mais a fundo, perceberemos que o circo é do ser humano e que o homem desde a era das cavernas já fazia estripulias, equilibrava objetos e fazia acrobacias. Em 3 mil a.c. tem-se registro dos grandes acrobatas, malabaristas e equilibristas chineses, o que nos leva a conceber a China como suposto berço primordial das atividades circenses.

Mas o circo como espetáculo pago, com picadeiro onde se apresentam números de equilíbrio a cavalo e habilidades diversas, é muito recente. Foi criado pelo suboficial inglês e perito cavaleiro Philip Astley, que deu origem ao formato do circo ao perceber que era mais fácil se manter em pé sob o cavalo percorrendo um circulo perfeito, por causa da força centrífuga. Astley foi inovador quando começou a incorporar os saltimbancos, acrobatas, cavaleiros e palhaços em uma só apresentação tornando-se esta a base do circo moderno.

No Brasil tem-se notícia dos primeiros circos por volta do século XIX com famílias e companhias vindas da Europa, mas mesmo antes disso contasse com a existência de grupos circenses indo de cidade em cidade, em lombos de burro, fazendo de tudo um pouco em pequenos espetáculos em dias de festa. Além disso, pode-se falar na constante presença de ciganos, suas atividades consistiam na doma de ursos, ilusionismo e exibições com cavalos.

A transmissão do saber de forma oral entre gerações é uma característica que circo herdou dos artistas ambulantes e saltimbancos. A partir de 1930-40 começam a aparecer as primeiras escolas especializadas na formação de artistas e conseqüentemente o modelo clássico de circo sofre mudanças. A descentralização do conhecimento marca a ruptura, já que, até esse momento o conhecimento era mantido no interior da lona, em "posse" da família, transmitido de geração em geração.

O aparecimento da escola proporciona um maior intercâmbio de conhecimentos, uma diversificação das modalidades, dos estilos, e fundamentalmente concretiza um conhecimento mais sistemático, organizado e talvez científico. As escolas foram se transformando em centros de intercâmbio da cultura circense e a modernidade facilitou a disseminação do conhecimento mais rapidamente.

Sarah Corral

segunda-feira, 14 de junho de 2010

4ª VOLTA AO MUNDO DO NAVEGADOR ALEIXO BELOV




Aos 67, o velejador baiano, de origem ucraniana, está de volta ao mar para completar a sua 4ª volta ao mundo. Dessa vez, no veleiro Fraternidade, ele não viaja sozinho. Belov vem dividindo esta aventura e a sua longa experiência com jovens pesquisadores, selecionados em diversas partes do Brasil.

No dia 16 de janeiro de 2010 o navegador, engenheiro de obras marítimas e escritor Aleixo Belov, partiu de Salvador, com esposa, uma filha e um filho, dois cineastas, que irão fazer o registro da viagem, e um grupo de seis jovens brasileiros, rumo ao Caribe, Panamá, Polinésia Francesa no Oceano Pacífico, a bordo do “Fraternidade”.

Ao saberem da seleção pela internet, mais de 100 concorrentes de todo o país enviaram currículos se candidatando a acompanhar o capitão Belov e equipe nesta jornada no Veleiro Escola Fraternidade, que ficará ancorado na Bahia Marina, em Salvador, até a esperada partida. A Belov Engenharia Ltda construiu o veleiro e é a proprietária do barco, mas o velejador está à procura de patrocínio.

Pioneirismo - Em 1982, sob o comando de Aleixo Belov, o “Três Marias” foi o primeiro veleiro de bandeira brasileira a dar a volta ao mudo em solitário. Em 1986 e 2001, Aleixo manteve seu pioneirismo ao completar a segunda e terceira voltas ao planeta, sempre sozinho.

Agora, para a sua quarta expedição ao redor do globo, ele construiu um novo barco: um veleiro de 21,50 metros de comprimento, que levará 10 tripulantes, entre engenheiros, oceanógrafos, biólogos, cineastas, mergulhadores, velejadores, operários e outros. No auge dos seus 67 anos de idade, o velejador está com tudo pronto para zarpar novamente.

Foram cinco anos construindo, mais um ano ajustando o “Fraternidade”, a mais nova menina dos olhos de Belov, que resolveu realizar o sonho de compartilhar sua experiência com outras pessoas e fazer um balanço da sua vida no mar. “Eu fui muito feliz no mar, queria apresentar essa felicidade para outras pessoas e, principalmente, aos jovens do Brasil”, explica o mestre.

“Assim como fizeram comigo quando eu tinha 16 anos, darei um óculos de mergulho para cada tripulante. Um óculos simples de mergulho mudou a minha vida, hoje tudo meu está ligado ao mar”, revela.

A Tripulação - Segundo Belov, sempre existiram candidatos, mas, depois que o seu amigo Hélio Viana colocou no seu blog e na revista Náutica que estavam recrutando para esta viagem, apareceram mais de 100 pessoas só na primeira semana, e não parou por aí.

“Isto complicou a seleção, mas mesmo assim escolhi 16 pessoas das regiões mais distantes do país para conhecer o Fraternidade e fazer uma entrevista. Passamos um fim de semana juntos, todos alojados a bordo, navegamos um pouco e nos conhecemos”. Destes foram selecionados os que irão nas três ou quatro etapas do projeto: de janeiro a julho, depois os de julho a dezembro, outros de janeiro a julho, e assim por diante. Segundo Belov, “os que se adaptarem bem ou estiverem aprendendo mais poderão fazer vários trechos”.

Rotas de Viagem
- Como o objetivo é ser uma viajem educativa a bordo de um veleiro escola, para passar adiante o que aprendeu, Belov dará preferência às rotas por ele conhecidas e passando nos melhores lugares descobertos durante as sua três voltas ao mundo.

Rota 1: Mar do Caribe, Panamá, Equador, Galápagos, Polinésia Francesa, Nova Zelândia, Austrália, Indonésia, e então poderá descer pelo Índico Sul para a costa da África, Madagascar, Durban, contornar o Cabo da Boa Esperança, Cape Town, Santa Helena e depois Brasil.

Rota 2: Começa igual a Rota 1, e a partir da Indonésia subir para o Índico Norte, Sirilanca, Índia, Golfo Pérsico, Aden e tentar chegar ao Mar Vermelho contornando a Somália (cheia de piratas), Sudão, Egito, Canal de Suez, Chipre, Istambul na Turquia, Mar Negro, Odessa na Ucrânia, voltar ao Mar Mediterrâneo, Grécia, Itália, Tunísia, Espanha, Ilhas Baleares, Gibraltar, Ilhas da costa da África e Brasil.

Sarah Corral

Não é só um "remedinho"

Com certeza você conhece alguém que toma "calmantes". Os chamados ansiolíticos são drogas sintéticas frequentemente usadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Os mais conhecidos são o Diazepam, Lextoan e, principalmente, o Rivotril, que somente em 2008 conseguiu a marca de 14 milhões de caixas vendidas nas farmácias brasileiras. E olha que o comércio formal não é o principal meio para os "viciados". Há várias comunidades no Orkut em que os usuários compram e vendem o remédio. No Facebook, mais de 1600 fãs participam da comunidade dedicada ao remédio. Com isso, o Rivotril passou a ser o segundo remédio mais vendido no país, ganhando de remédios conhecidos e fáceis de comprar, como Anador e Aspirina.
Mas por que os ansiolíticos estão fazendo tanto sucesso? Nas comunidades do Orkut e do Facebook a maioria dos relatos destaca a insônia e o medo para começar a tomar ansiolíticos.

"No primeiro mês, tudo me pareceu melhor, já não tinha mais insônia, estava mais animada, e com mais perspectiva."

Algumas pessoas chegam a comparar o efeito dos remédios aos de uma "saidinha com os amigos" e destacam o fato de hoje todo mundo ser obrigado a se sentir bem.:“Não tem gente que de vez em quando precisa encher a cara? Então, é a mesma coisa. A gente tem medo de muita coisa, de ser julgada, de ter acontecido alguma coisa com a filha que não chegou da balada, de não ser aceita, de ter que estar sempre bem.” Outras pessoas destacam os efeitos dos medicamentos e chegam a afirmar que eles não causam vício.

"ja tomei uma vez...melhor sensação de calma, tranquilidade e relaxamento do mundo, é como tomar uma caipiroska, só que sem ressaca!! bom que é dificil viciar com ele, só se for muito burro e usar todo dia. "

De acordo com o Dr. Darlan Barreto, especialista em medicina do trabalho, o uso destas drogas é perigoso principalmente por que elas podem causar vício facilmente. "Ansiolítico não serve para depressão, ele é receitado para casos relacionados à ansiedade. O uso do medicamento só deve ser feito em casos extremos, quando os ataques de ansiedade podem causar outros danos, como problemas no coração." Barreto afirma também que um dos agravantes é o efeito rebote, condição em que a suspensão abrupta do uso do medicamento provoca o retorno das manifestações da doença com intensidade. Ele garante que isso é o suficiente para que os usuários não abandonem o remédio ou que seja difícil cortar o uso mesmo depois de pouco tempo.

"Hoje nós estamos trabalhando mais, o ritmo de vida é acelerado e as pessoas acabam tomando ansiolíticos pra enfrentar situações normais na vida de todo mundo."

Para o médico, é importante que as pessoas enfrentem situações difíceis como perda de parentes próximos, demissões e dificuldades no trabalho, pois "a pessoa pode estar tomando um medicamento que não é necessário e que pode causar dependência facilmente."
Mesmo com o estresse do qual todas as pessoas já estão cansadas de falar, o que se recomenda é claro: o uso de medicamentos só deve ser feito com prescrição médica e em último caso. Médicos e psicólogos defendem que os pacientes, antes de procurarem um remédio, tentem perceber que nem todos os casos são patológicos e que há outras alternativas que não apresentam riscos.


sábado, 12 de junho de 2010

Nova camisa três do Vitória "vaza" na internet

http://www.minhascamisas.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2010/06/uniforme3simbolosfrente1.jpg

Nova camisa 3 do Vitória homenageia o Brasil

Depois do mistério de como seria a nova camisa do Vitória com a assinatura da marca Penalty Cavalera, imagens da nova vestimenta rubronegra caíram na internet neste fim de semana. O lançamento oficial da camisa será na terça-feira, 14 de junho às 19h, em uma noite de autógrafos com os jogadores Ramom Menezes e Vanderson na Loja do Leão do Shopping Center Lapa.

Segundo o Vitória, a nova camisa objetiva fazer com que o time baiano tenha ainda mais destaque em campo durante as partidas.

-"Um novo uniforme diferenciado e criativo, para valorizar o Vitória e sua grande torcida.”, afirma Leandro Ramiro, gerente de marketing da Penalty.
A camisa tem estampas de fitas do Senhor do Bonfim. Nas costas, o logo Penalty Cavalera e também o símbolo Brasil-África, em homenagem à Copa do Mundo de 2010. E a frase “Penalty Cavalera e Vitória, produto com sangue genuinamente brasileiro” foi aplicada na barra esquerda.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Jornalismo e Mídias Sociais

Yuri Almeida (@herdeirodocaos), jornalista que atualmente cursa a pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e dedica-se a pesquisa sobre o Jornalismo Open-source (colaborativo) e a temática “Comunicação e Política”, participou de um bate-papo sobre mídias sociais, jornalismo e política com a turma do sexto semestre de jornalismo na Facom (UFBA) nesta manhã (9).

Segundo Almeida, com o crescimento do uso de redes sociais online nas práticas comunicativas, hoje os jornalistas deixam de ser meros gatekeepers e passam a atuar como "cartógrafos da informação". Eles precisam transformar as redes sociais em áreas de atuação do jornal, e isso precisa ser desenvolvido a partir de uma estrutura colaborativa e mediação diálogica. Abaixo, vejam os slides que nortearam a discussão:




sexta-feira, 4 de junho de 2010

Atacante do Bahia à venda no Mercado Livre

Depois da derrota por 1 vs 0 para o Duque de Caxias, até então, lanterna da série B, torcedores do Bahia colocam à venda o atacante Itacaré, no Mercado Livre.

Segundo o vendedor, Itacaré está "quebrado" e por isso não serve mais ao time baiano:


- Vendo baratinho, na verdade, não esta nem a venda, estou passando e você assume posteriores dores de cabeça. Pois o "botão" está com defeito.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Viáfara desabafa no Twitter



Depois da derrota para o Fluminense por 2 vs 1, na noite desta quarta 02/06, em pleno Maracanã, o arqueiro do Vitória saiu em defesa do time rubro-negro no seu Twitter oficial.

- (O) Vitória, nos dois últimos anos, começou arrasando todo mundo no brasileiro e no final terminamos no sufoco. (Este ano estamos) como outros times que começam estando, lá, atras e terminarem na frente. Não é de desesperar-se, mas também não é para relaxar, precisamos apertar os dentes e levantar a cabeça!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O abandono do Centro de Educação Física e Esporte

Reformas estão previstas, mas ainda não há uma data certa

            Visitar o Centro de Educação Física e Esporte da UFBA (CEFE/UFBA) durante a semana pela manhã é completamente diferente de transitar pelo local nas tardes e noites de sexta-feira e nos finais de semana, em que o grande número de freqüentadores contrasta muito com as manhãs vazias. Mas independente do momento em que se visita o CEFE/UFBA, o abandono e o estado precário da estrutura do centro é evidente.
            Construído no final da década de 70 em uma área nobre da Avenida Oceânica, em Ondina, o CEFE/UFBA possuiu inicialmente um campo de futebol, uma área de atletismo, quadras descobertas e uma construção (aparentemente provisória) contendo dois banheiros, duas salas, uma copa e um almoxarifado. Nessa mesma época foi estabelecido um projeto de construção de um complexo esportivo completo, com um parque aquático, um ginásio poliesportivo com arquibancadas e alojamento, prédio para a Escola de Educação Física, uma arquibancada ao redor do campo de futebol oficial e duas entradas, uma pela orla (que existe atualmente) e outra por São Lázaro. Mas até hoje a ideia não saiu do papel.
            Enquanto isso, se busca alternativas, por exemplo, na falta de piscina para as aulas práticas, os alunos utilizam a do colégio ISBA, localizado próximo ao CEFE/UFBA, e que em troca fazem uso das quadras do centro. Mas esse acordo já gerou constrangimentos. “Teve colegas meus que sofreram preconceito, de chegar lá e alunos da FSBA chamar os alunos da UFBA de 'os sem-piscina'”, denuncia Clayton César, estudante de Educação Física.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

É Líder!


O Bahia venceu, na última terça-feira, 25, a equipe do Vila Nova por 4x0, em jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro da série b. A partida foi disputada no Serra Dourada, em Goiânia, e com os três pontos o tricolor chegou à liderança da competição. Para completar a boa fase, o atacante Rodrigo Gral alcançou a artilharia da sérieb com 4 gols.

O Jogo

O Tricolor começou a partida em cima do Vila Nova, e logo aos 6 minutos Ananias sofreu penalti convertido pelo atacnte Rodrigo Gral. Após o gol, o tricolor diminuiu o ritmo, mas ainda assim levou perigo ao goleiro Everton em diversas oportunidades. O lateral Ávine desperdiçou duas chances incríveis de ampliar o marcador ainda na primeira etapa.
No segundo tempo, a equipe baiana continuou pressionando e marcou mais três vezes. Vander, Gral e Ananias completaram a goleada. Vander, um dos destaques do tricolor, marcou o gol mais bonito da partida, ao acertar um chute certeiro no âgulo do goleiro Everton.
Ao fim do jogo, o técnico Renato Gaúcho se mostrou satisfeito com a equipe e convocou a torcida para o jogo contra o Sport, próximo compromisso do Bahia. A partida será no sábado, às 16h, e a expectativa é de casa cheia.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A casa vermelha na Ladeira da Vila América.


Por Renata Vidal

Fotos: Isaac Damasceno

‘‘Comecei a viajar, não tanto pelo desejo de fazer pesquisas etnográficas ou reportagens, mas por necessidade de distanciar-me, de libertar-me e escapar do meio em que tinha vivido até então, cujos preconceitos e regras de conduta não me tornavam feliz. Nele me tinham ensinado que havia duas categorias de pessoas. Aquelas cuja amizade era desejável cultivar, pois representavam um capital relação e aquelas cujo convívio e ligações deviam ser desencorajados, devido ao pouco proveito moral ou material que delas se podia esperar’’. É assim que Pierre Verger explica, em seu livro 50 anos de fotografia, sua única publicação a conter escritos autobiográficos, as razões que lhe fizeram correr o mundo.

Pierre Edouard Leopold Verger, era francês, vindo de um mundo que dividia as pessoas de acordo com seus cartões de visita, reconheciam-se como pessoas respeitáveis quem os possuíam gravados em relevo, e eram considerados cidadãos de segunda classe aqueles cujos cartões fossem somente impressos. No ano de 1932 ele deixou seu país e começou a buscar uma forma de viver diferente da experimentada até então, na qual mais importava o status das pessoas e seus bens materiais do que quem elas eram ou o que tinham para ensinar. Foi essa razão que o levou até a Rússia comunista em outubro de 1932, quando se comemorava o aniversário de 50 anos da revolução, mas concluiu que viver de maneira a contradizer o ideal da sociedade burguesa era da mesma forma deixar que ela determinasse como deveria ser sua vida. Era exatamente isso o que ele não queria.

Japoneses querem transmitir a Copa em Holografia

Hologramas não serão mais ficção, segundo os Japoneses(Star Wars/Divul.)
Por Moisés Costa Pinto
Antes mesmo do 3D se popularizar ao redor do Mundo, os japoneses já projetam a transmissão da Copa do Mundo em Holografia! Sim, Holografia!

O que é Holografia? Segundo o Wikipédia, Holografia é “é uma forma de registrar-se ou apresentar uma imagem em três dimensões”. Ou seja, a realidade vivida em Star Wars por Anakin e Obi Wan não está tão distante assim, para os orientais.

Na tentativa de convencer a FIFA que é a melhor escolha para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2022 – sem a Correia do Sul- o Japão fez uma proposta de 6 bilhões de dólares pra oferecer o recurso de TV's com Holografia em todo o mundo. O investimento também prevê o uso de arenas esportivas para transmitir, em tempo real, partidas de futebol com o recurso. Na prática, o torcedor iria ao estádio ver o jogo de sua seleção que está acontecendo do outro lado do mundo, como se a partida estivesse sendo disputada ali. E esta é outra premissa da holografia, segundo o Wikipédia: codificar uma informação visual e depois (através do laser) decodificá-la, recriando "integralmente"!

"A tecnologia será possível em 2016"
Os jogos seriam gravados 360 graus, utilizando 200 câmeras de alta definição e o som da peleja seria transmitido em volume real e distribuí-lo pelo sistema de áudio do estádio. Segundo os japoneses, 400 estádios seriam selecionados para receber a tecnologia, alcançando 360 milhões de pessoas ao redor do planeta.

Para os orientais, essa não é uma proposta de ficção cientifica – como nos filmes a partir dos anos 60-, mas uma realidade que pode estar disponível já em 2016.

Veja, a seguir, um vídeo postado no Youtube, sobre como seria a tecnologia de hologramas em um futuro breve:

quinta-feira, 20 de maio de 2010

VI Enecult

Acontece entre os dias 25 e 27 de Maio o VI Enecult – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura – maior evento de estudos em cultura de todo o país. O Enecult trará este ano pesquisadores renomados no Brasil inteiro, como o sociólogo Renato Ortiz e o cientista político Guiseppe Cocco, que participarão junto ao diretor do Departamento Regional do Serviço Social do Comércio no Estado de São Paulo (SESC-SP), Danilo Miranda, da Mesa-redonda I: As Políticas Culturais no Governo Lula, no Salão Nobre da Reitoria, logo após a Mesa de Abertura, que acontece meia hora antes.
O Enecult contará ainda com diversos pesquisadores ibero-americanos, quais Fernando Vicário e Antonio Lafuente (Espanha), Rocío Ortega (Paraguai), Guillermo Mariaca (Bolívia) e Ana Wortman (Argentina). Além disso, cerca de 300 trabalhos de temáticas que vão de políticas culturais e construções identitárias as mais diversas às mídias digitais serão apresentados na Faculdade de Comunicação e no PAF III – UFBA, no Campus Ondina, durante os dias do evento.
Além disso, a programação completa do ENECULT conta ainda com uma série de atividades paralelas, incluindo o lançamento de livros que abordam sob diversos enfoques temáticas relacionadas à cultura – 17 deles apenas na festa de encerramento. Professores, pesquisadores e estudantes universitários com interesse em temáticas relacionadas à cultura não podem deixar de comparecer ao evento, que também pode interessar profissionais das mais diversas áreas do mercado ligadas à economia da cultura. Quem quiser saber mais pode conferir o blog e o twitter do enecult, ligar para +55 (71) 3283-6198 ou mandar um e-mail para cult@ufba.br.

Por João Araújo

Processo de abertura do Restaurante Universitário da UFBA é marcado por contestações

Estudantes exigem melhorias para fortalecer política de assistência estudantil na universidade


Matheus Sampaio

Desde o dia 17 de maio a Universidade Federal da Bahia (UFBA) deixou de ser a única universidade federal do país sem um Restaurante Universitário (RU) ativo. A reabertura do restaurante só foi possível após a realização de um contrato emergencial com a empresa Dall Alimentos e Serviços pelo período de seis meses. O anúncio de que o preço da refeição seria R$5,50 gerou revolta na comunidade estudantil: “Eles acham que a gente é palhaço! Depois de vinte anos, 1500 refeições e ainda com esse preço, numa universidade com 35000 estudantes? Isso é um absurdo!”, é o que pensa o estudante de Medicina Veterinária Brasil Alves.

Quando fala em vinte anos, Brasil se refere à inatividade do restaurante desde 1990, período em que foi fechado pelo Conselho Universitário, pela existência de algumas irregularidades como mau gerenciamento de recursos, defeitos nos equipamentos, greves de servidores e protestos de alunos. Mesmo existindo, desde 2001, um Centro de Convivência construído para abrigar o novo RU, ele passou todo esse período desativado por novos problemas estruturais, mas principalmente por problemas em processos licitatórios.

Já o estudante de Ciências Sociais Hugo Santos contesta essa versão oficial: “Naomar (Almeida Filho, reitor da UFBA) está à frente da gestão há quase oito anos, a não abertura do RU é uma questão política. Foi uma opção política de não atender às necessidades das e dos estudantes que necessitam de assistência estudantil”. Hugo é membro do coletivo Um Real já, um grupo de estudantes da UFBA que se organizou para reivindicar mais refeições e menor preço no RU.

Polêmica sobre o preço das refeições

Todos os estudantes passaram a ter o direito às refeições pelo preço de R$2,50, mas isso se deveu à falta de condições de a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE) fazer um processo seletivo em pouco tempo, segundo informou o professor Álamo Pimentel, pró-reitor da PROAE. É que inicialmente estava previsto que esse preço seria apenas para 400 estudantes selecionados pela PROAE, mas, como a demanda era urgente essas refeições foram abertas à comunidade estudantil da universidade.

O coletivo Um Real questiona o próprio preço cobrado pela Dall no contrato. Eles acham justo que o preço final para os estudantes seria de R$1,00: “R$5,50 tá muito caro. Na UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), por exemplo, a empresa cobra R$3,50 por cada refeição, a universidade subsidia e sai R$1,00 pros estudantes” é o que diz o estudante de Geografia, Davi Monteiro.

Se comparado com alguns restaurantes terceirizados que funcionam dentro da UFBA, o preço da Dall também está alto. O JF entrevistou Edelzuita Oliveira, responsável pelo restaurante self-service da Faculdade de Comunicação, ela diz que “90% das pessoas que almoçam aqui gastam menos de quatro reais”, e, em alguns casos,“tem pessoas que comem aqui que o prato dá R$1,60”, confirma.

Os militantes do Um Real Já fazem questão de lembrar o grande orçamento da UFBA, que em 2009 chegou a 929 milhões, somando-se a uma receita extra-orçamentária de 161 milhões. O estudante de direito, Mario Soares é enfático: “é esse orçamento enorme da universidade que me preocupa, eles não tem argumento de colocar o RU a um real.” Só que, desse orçamento, a Pró-reitoria de assistência estudantil ficou com apenas 12 milhões de reais.

O professor Álamo Pimentel diz que a PROAE argumenta que a universidade não tem condições de assumir as reivindicações do movimento porque “esse contrato de seis meses que a gente pretende levar até o final ta custando 4,2 milhões anuais”, e ainda reforça: “a gente não é contra à refeição de um real, agora temos que pensar como é que isso vai impactar no orçamento da universidade”.

Sobre o problema da quantidade de refeições, Álamo diz que não é só pela condição financeira da PROAE. Ele afirma que essa é a capacidade máxima da cozinha, que foi calculada com base num estudo realizado pela Escola de Nutrição da UFBA (Enufba), que considerou o espaço físico e os equipamentos disponíveis. Álamo diz que esse é só um começo para o RU e garante que “o projeto que nós estamos deixando para a universidade, é que nós tenhamos uma unidade de produção em Ondina e outros pontos de distribuição em outros campi”.

Estudantes devem estar presentes nas discussões


Um estudante também membro do Um Real Já que não quis se identificar defende o argumento de que esses impasses devem-se, em grande parte, à “ausência do movimento estudantil na luta pelos verdadeiros interesses dos estudantes”, para ele muitos segmentos do movimento estudantil estão mais ligados a interesses partidários do que os interesses dos estudantes. “Eu já pertenci a um DA ( Diretório Acadêmico) e sei como as coisas acontecem, eu já fui até ameaçado de agressão física”.

A força do movimento estudantil pode superar esses impasses, é o que acredita Gustavo Menezes: “cabe agora fortalecer a pauta diante do conjunto de estudantes e avançar na luta, pressionando a Reitoria a também colocar a assistência estudantil em debate, reduzindo o preço e ampliando o número das refeições, além de responsabilizar-se pela real implementação de uma política de assistência estudantil na UFBA”.




segunda-feira, 17 de maio de 2010

Inauguração do Museu Nacional da Enfermagem


Será inaugurado em Salvador no próximo dia 20 de maio, o Museu Nacional da Enfermagem Anna Nery (MuNEAN). O museu funcionará numa edificação do século XIX, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, protegida por tombamento e concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O edifício teve que sofrer modificações em sua parte interna para abrigar as duas salas de exposição, a biblioteca e um espaço multifuncional.


O novo museu terá o objetivo de valorizar a profissão, preservar a memória e fomentar o seu desenvolvimento futuro. A inauguração conincidirá com o fim da semana de enfermagem que celebra todo os anos o dia do enfermeiro, 12 de maio.


O nome do museu homenageia a enfermeira Anna Nery, patrona da Enfermagem brasileira. Lá o visitante poderá conhecer sua história desde seu nascimento na cidade de Cachoeira/BA, passando por sua heróica dedicação de cuidado aos feridos e doentes na Guerra do Paraguai, até seu retorno ao Brasil, seus esforços posteriores pela Enfermagem, e homenagens recebidas em vida e após sua morte.


O presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) diz que o MuNEAN é um marco histórico da enfermagem brasileira e fonte de consulta importante do ponto de vista político, científico e cultural. "A profissão cada vez mais tem conseguido o respeito e o reconhecimento que merece e, nós, membros do Conselho Federal e de todo o sistema, temos o compromisso com o seu fortalecimento ao dignificar o seu exercício. A inauguração do museu vai ser um marco importante e fundamental aos profissionais e a população", disse Manoel Carlos Neri.
Para maiores informações é só consultar o site do MuNAEN: http://www.museudeenfermagem.com.br/home
Por: Renata Vidal

sábado, 15 de maio de 2010

Quadrinhista brasileiro cria história de Wolverine

O quadrinhista Rafael Grampá divulgou em seu twitter os primeiros desenhos que fez do mutante Wolverine, personagem dos X-Men, para a editora norte-americana Marvel Comics.


O convite para desenhar a personagem surgiu do sucesso editorial da primeira HQ do brasileiro, Mesmo Delivery. Lançada de modo independente nos EUA, Grampá conseguiu esgotar a tiragem do seu trabalho, que foi reimpresso pela editora Dark Horse em material luxuoso com direito a extras recheados de pin-ups de desenhistas famosos do mercado de quadrinhos. Os editores da Marvel decidiram lhe dar espaço na antologia Strange Tales, permitindo que ele escolhesse qualquer personagem da editora e criasse livremente uma história. Ele escolheu o Wolverine.

Wolverine desenhado pelo Grampá, imitando a paleta de cores do artista Barry Windsor-Smith

Grampá é um dos desenhistas brasileiros que está fazendo sucesso nos Estados Unidos, trabalhando para grandes editoras como a Vertigo e Dark Horse. Juntamente com ele há nomes como Fábio Moon, Gabriel Bá, Eduardo Ferigato e Rafael Albuquerque. O maior feito de Grampá até o momento é ser o primeiro brasileiro a criar uma história para a Marvel Comics - é comum que os brasileiros apenas ilustrem HQs já roteirizadas.





Além do Wolverine, Grampá trabalha na minissérie Furrywater and the Sons of Insurrection, para a Vertigo, juntamente com o escritor brasileiro Daniel Pelizzari. Dentre seus trabalhos, se destaca a arte para uma revista de Constantine, o famoso bruxo inglês. Em 2008, os direitos de filmagem de Mesmo Delivery foram vendidos para o produtor Rodrigo Teixeira. Nada segura Grampá - SNIKT!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Memorando sobre a visita do Papa gera polêmica na Inglaterra

Que visitas do papa a países ocidentais não-católicos costumam gerar mais polêmica do que visitas de outros líderes religiosos e chefes de Estados autocráticos isso é fato conhecido, então protestos como o da GALHA (The Gay and Lesbian Humanist Association) em Brighton no final do ano passado e os anúncios feitos em Abril pelos célebres Richard Dawkins (evolucionista professor da Universidade de Oxford) e Christopher Hitchens (jornalista e crítico literário) de que iam processar o Vigário de Cristo por crimes contra a humanidade – tudo em resposta a visita que o Sumo Pontífice pretende fazer ainda em Setembro desse ano à Inglaterra – não chamaram atenção maior do que o normal nesses casos.
O incomum dessa vez foi a publicação recente de um memorando oficial que circulou no Ministério de Relações Internacionais sugerindo que, para comemorar a sua visita, o Patriarca do Ocidente deveria aproveitar enquanto estivesse na Inglaterra para abrir uma clínica de abortos, abençoar um casamento gay, aproveitar para pedir desculpas à Armada Espanhola, cantar uma canção à Rainha para a angariação de fundos e lançar uma marca de camisinha com seu nome (Benedictus). O memorando chamava atenção para o fato de que deveria ser de circulação interna, mas isso não impediu que o The Sunday Telegraph tivesse acesso a ele e o publicasse na íntegra, gerando toda a confusão.
O autor, um estudante de pós-graduação de 23 anos, foi trocado de departamento, deixando ultrajados os cardeais britânicos que esperavam sua demissão (ou, ao menos, suspensão). O resultado? O governo britânico pediu desculpas e qualificou como estúpidas as colocações do jovem, afirmando que não refletiam a opinião do Estado nem do povo inglês e o porta-voz da Santa Sé afirmou que não se podia levar a sério declarações de alguém que anunciava “beber muito” como um de seus hobbies. Assim, a visita continua marcada, apesar de toda a tensão e das especulações sobre seu possível cancelamento.

Mães digitais


Já passou do tempo em que as mães não entendiam de computador, câmeras digitais e internet. Cada vez mais "plugadas" as mamães estão mostrando que entendem tudo de eletro-eletrônicos e acompanham os filhos na era digital. Prova disso é o grande aumento na compra de produtos eletrônicos como opção de presente no Dia das Mães.

Neste ano o comércio de segmentos da linha digital, durante o Dia das Mães, aumentou de maneira significativa, de acordo com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce. As pesquisas mostraram que informática, com 10%, e eletrônicos, com 8%, figuraram entre os cinco segmentos mais vendidos, antecedidos por livros, assinaturas de revistas e jornais e saúde, beleza, cosméticos e medicamentos.

Já faz tempo que mãe não é sinônimo de dona de casa, e o mercado está acompanhando essas mudanças e oferecendo maiores opções de presentes modernos e digitais. Portabilidade, design e tecnologia são atributos necessários para seduzir as mamães que estão cada vez mais exigentes. Esse foi o caso da estudante Joana Oliveira, 23 anos, que este ano decidiu presentear a sua mãe com um BlackBerry. "Minha mãe é daquele tipo que não pára em casa e pra ela vai ser ótimo poder estar conectada o tempo inteiro", afirma a estudante.

Sarah Corral

terça-feira, 11 de maio de 2010

Emissoras de TV aberta estão disputando audiência com canais pagos, games, DVD’s e internet

Os aparelhos televisivos não estão sendo utilizados para assistir à TV aberta com a mesma freqüência de antigamente. Os canais pagos estão sendo cada vez mais assistidos, além disso, o televisor também está sendo aproveitado para games, internet, DVD’s e VHS. Segundo o Ibope, esse crescimento nos últimos anos é modesto, mas consistente.

De 2005 até 2009, além da notória mudança de posições entre SBT e Record e uma pequena queda da Globo, a audiência dos canais UHF e pagos cresceram de 4,1 para 5 pontos. A utilização da TV para as outras finalidades, como games e internet, teve um crescimento ainda maior, subindo de 1,6 para 3,6 pontos, ultrapassando as emissoras Band e Rede TV!.


A soma dessas novas formas de entretenimento também merece destaque: a audiência dos canais fechados com os games e internet chega a quase 9 pontos e ocupa a terceira colocação. Essa posição deveria ser do SBT, mas, em 2009, a emissora de Silvio Santos obteve apenas 6,3 pontos.

Essa pesquisa considera o horário nobre da televisão brasileira, que vai das 18 até 0h.

Semana da enfermagem


Amanhã, 12 de maio, é o dia dos enfermeiros e as entidades representantes da categoria promovem, como de costume, uma semana de comemoração, entre os dias 12 e 20 de maio. Neste ano de 2010, a Escola de Enfermagem da UFBA (EEUFBA) e a Associação Brasileira de Enfermagem, seção Bahia (ABEn-BA), com o apoio do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB), se articulam, mais uma vez, e organizam uma programação para a 71º Semana Brasileira de Enfermagem, colocando em pauta o tema , "O Poder do Cuidador" e as discussões sobre a expansão dos cursos de graduação em enfermagem no estado da Bahia e a sua relação com a qualidade da formação e com o mercado de trabalho.


Confira a programação:


Quarta-feira, 12 de maio de 2010
Local: Sede da ABEn-BA

16:00hExposição do Núcleo de Memória da EEUFBA: Escola de Enfermagem da UFBA, mulher e inclusão social.Exposição de pôsteres de alunas(os) da disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade/EEUFBAExposição: 60 anos da ABEn-BA

18:00h Abertura da Semana Brasileira de Enfermagem:Enfa. Maria Luísa de Castro ALmeida: preseidente da Associação Brasileira de Enfermagem, seção Bahia (ABEn-BA)Profa. Heloiza Costa: diretora da Escola de Enfermagem da UFBA (EEUFBA)Representante da Executiva Nacional dos Estudantes de EnfermagemEnfa. Lúcia Duque: presidente do Sindicato do Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB)

18:30h Palestra:Coordenadora: Tânia Bulcão (vice-presidenten da ABEn-BA)O Marketing sobre o cuidado e o poder do cuidador.Palestrante: Profa. Cristina Melo (EEUFBA)

Segunda-feira, 17 de maio de 2010
Local: Sede da ABEn-BA

17:00hExposição dos trabalhos de alunas(os) do PETSAÙDE DA FAMÌLIA

18:00h PainelCoodenadora: Profa. Norma Fagundes (EEUFBA)Expansão dos cursos da graduação em enfermagem e os reflexos na qualidade da formaçãoProfa. Heloniza Costa: diretora da EEUFBAExpansão dos cursos da graduação em enfermagem e os reflexos no mercado de trabalhoEnfermeira Tatiane Araújo dos Santos (EEUFBA)

19:30 Encerramento

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Brasil pode ficar sem iPad


Por Moisés Costa Pinto
Por causa de uma disputa judicial em torno da patente do nome “iPad”, o Brasil pode ficar de fora da lista de países da fabricante Aplle para receber o produto.
A empresa brasileira Transform Tecnologia de Ponta, que atua com eletroeletrônicos já contestou o pedido da Apple no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual).

Caso a Aplle resolva lançar o aparelho sem ter essas pendências resolvidas, ela pode ser processada. Entretanto, os trâmites administrativos devem durar, pelo menos, 14 meses. Por isso, há um grande risco do Brasil ficar sem ter o aparelho.

E na Europa - A Aplle também encontrou dificuldades para lançar o seu produto na Europa. A marca “iPad” também tinha registro legal no Velho Continente. A empresa ST Microelectronics registrou no dia 14 de setembro de 2001 a marca. Esse registro tem validade em toda a União Européia e vai até setembro de 2010, e pode ser renovado.

Por esse motivo, a Apple anunciou, no dia 12/04, que os iPads não estarão à venda fora dos Estados Unidos antes do final de maio. Na Europa os aparelhos são revendidos por até 500 dólares a mais que nos Estados Unidos por atravessadores e site com o ebay.

Por esses motivos muitas empresas já estão aproveitando o vácuo da americana e a grande expectativa dos consumidores e já estão lançando os concorrentes do iPad. Veja alguns dos produtos no slide a seguir:

Sounds of Hamburg

A Orquestra Filarmônica de Hamburgo (Alemanha) utilizou com maestria a Realidade Aumentada (RA) para uma ação que envolve música e muita criatividade - Sounds of Hamburg.

Respirando o conceito de "internet das coisas", no qual objetos, pessoas e ambientes são integrados por meio de camadas de informações virtuais, a ação consiste no seguinte: através de um software, o usuário pode escolher um cenário da cidade para visualizar em tempo real. Neste cenário, ele marcará pontos do ambiente que representarão o som de um determinado instrumento musical. Quando alguém (pessoa, animais, carro etc.) passa por este ponto marcado no ambiente, ele, automaticamente, dispara o som do instrumento criando uma dinâmica espontânea para a música clássica. Ou seja, quem usa o programa pode se tornar um maestro que utiliza o movimento natural das pessoas e/ou objetos para fazer música.

Confuso? Veja no vídeo abaixo como funciona:




Fonte: Comunicação e Novas Mídias

domingo, 9 de maio de 2010

Televisão para as novas mamães


Nesse domingo do Dia das Mães, algumas delas estão comemorando a data ainda no hospital com o bebê recém-nascido assistindo ao canal TV Mulher e Mãe, que veicula programação diária em maternidades afiliadas ao projeto.

A ideia surgiu do publicitário Waltely Longo que realizou junto ao Ibope uma pesquisa em 2004  com as classes A, B e C, comprovando que mulheres grávidas e mães recentes tem maior intenção em sair à compras do que as mulheres em geral. Além disso, esse segmento com diferenças nos hábitos, costumes e perfis de compras possui uma grande demanda por informações, por conta dessa fase que traz realizações mas também incertezas.

Através desse estudo de sua agência de publicidade Brand Storm, empresa especializada no fortalecimento e expansão de marcas, descobriu que faltava no mercado um produto que atendesse as mães que acabaram de ter um filho e tivesse uma comunicação direta com essas mulheres logo nos primeiros dias pós-parto.

O propósito inicial de atingir cerca de 300 mil mulheres por ano foi alcançado ainda em 2005, quando no começo deste ano o canal passou a ser veiculado. Transmitido via satélite, hoje a TV Mulher e Mãe está presente em 155 maternidades de 70 cidades em 18 estados do Brasil. Na Bahia, o canal está disponível somente em Salvador, nos hospitais Aliança e Sagrada Família, e em Itabuna, através do Hospital Manoel Novaes.

Programação



Aproveitando que as telespectadoras passam em média três dias nos hospitais, a programação é fixa e reapresentada periodicamente, já que o público está sempre se renovando. Com os poucos programas e muitas reprises, Longo pode investir em produtos de alta qualidade, mas sem ter um custo tão elevado.

A diferença surge também na publicidade, realizada através de patrocínios e não a forma comum de compras de espaços comerciais. As empresas aparecem em todo comercial publicitário como patrocinadoras ou participando da grade como a GNT, que tem determinados programas de seu canal veiculados na TV Mulher e Mãe. Outras exemplo de parceria é o da revista Crescer, da editora Globo, distribuída nas maternidades junto com o guia de programação do canal, buscando marcar a presença da publicação com a leitora.

A programação, transmitida 24 horas por dia, traz informações, serviços com temáticas de beleza, lazer, culinária, nutrição, apresentadas por mamães famosas, como Rita Lobo, chefe de cozinha, que dá dicas culinárias no Entre Papos e Papinhas. A jornalista Silvia Poppovic e as atrizes Cassia Kiss e Luiza Tomé são outras mães presentes no canal.

Além do GNT, o projeto também tem parceria com BBC e Discovery Channel e hoje busca expansão  para outros países na América Latina, principalmente com os bons resultados obtidos, já que 79% das mulheres, presentes nessas maternidades com acesso a esse canal, assistem cerca de nove horas de programação durante a época em que permanace no hospital.