quarta-feira, 31 de março de 2010

461 motivos para o turista não vir para Salvador

As prais e o sistema hoteleiro de Trancoso levaram elogios do New York Times
Salvador foi a primeira capital do país, em meados dos anos 1500, e é uma das últimas cidades do Brasil para se visitar, atualmente.

Apesar do crescimento do nível turístico da Bahia, Salvador ficou estagnada no tempo e não pode proporcionar aos turistas o conforto, segurança e as atrações necessárias para manter sua fidelidade. Enquanto o restante da Bahia descobre seu potencial turístico, o que proporcionou ao estado ser eleito pelo jornal The New York Times, dos Estados Unidos, como um dos 31 destinos para se visitar em 2010, Salvador não consegue desenvolver seu potencial cultural para atrair turistas.

Em contraponto à capital baiana, o município de Trancoso, no sul do estado, foi citado pelo Jornal New York Times, no seu caderno de viagem, por suas belas paisagens, além dos resorts e hotéis de luxo que garantem o bem-estar e a modernidade para seus hóspedes. Salvador também foi "mostrada" pelo jornal por sua beleza natural, citando o exuberante pôr-do-sol, o Carnaval e o Pelourinho.

Contudo, Salvador não é destaque para o jornal americano, que coloca o sul do estado como um dos principais destinos turísticos do nordeste. Salvador só é lembrada pelo carnaval que promove no mês de fevereiro.

Falta estrutura – Sem um sistema de transporte apropriado para uma grande capital, deficiente de um aparelho de segurança adequado, sem uma rede de educação convidativa, com extensos problemas de saneamento, ambientais e falhas graves em sistemas de adequação e prospecção cultural, Salvador está parada no tempo e vive atualmente de sua fama como a maior cidade negra fora da África.

Sua população afro-descendente é, coincidentemente, a que mais sofre com a falta de estrutura urbana. Não há vias de acesso rápido para o cidadão que tem residências nas periferias poderem desfrutar dos, já poucos, pontos turísticos que a cidade possui.

O que poderia ser o ponto forte da capital de quase meio século, a sua cultura está baseada em grande monumentos culturais sazonais, que são destacados pelo New York Times, como o carnaval. A festa de momo atrai milhares de turistas de todos os lugares , mas não é o suficiente para mantê-los, por aqui, pós-quarta-feira de cinzas.

Esse turismo apenas no carnaval já provocou uma grave crise na estrutura turística de Salvador, pouco tempo atrás. Os turista não encontravam naquela época (e não encontram agora) um bom motivo para ficar em Salvador, que tem poucas opções culturais ao percorrer do ano e perde em atrativos para as cidades turísticas do sul, que segundo o jornal americano são “as próximas paradas” para os turistas norte-americanos mais antenados e que estão em busca de badalação e luxo.

A diversidade cultural do estado, praias e uma nova leva de hotéis de luxo, estão se tornando um “playground do jet set”, mas, Salvador fica de longe observando o turista fugir da sua falta de estrutura e sabedoria em manter viva a cultural ancestral.