A agência Reuters, em parceria com a Ipsos, realizou uma pesquisa em diversos países para responder à pergunta: lugar de mulher é em casa ou no trabalho?
A pergunta polêmica foi feita a 24 mil adultos em 23 países e 1 em cada 4 entrevistados afirmou: o lugar da mulher é em casa. Desses 26% que defendem a "rainha do lar", a maioria é composta de jovens entre 18 e 34 anos, dado que surpreendeu a equipe de pesquisas.
Obviamente, houve diferenças significativas entre os países pesquisados, havendo maior índice de individuos contrários ao trabalho feminino em países como a Índia e Turquia. Não foi revelado se o Brasil entrou nos dados da pesquisa.
A pesquisa foi intencionalmente liberada no dia anterior ao Dia da Mulher para provocar reflexões acerca da data. A questão em jogo na pesquisa - qual o lugar da mulher? - contrasta com o fato que levou à criação do Dia Internacional da Mulher - luta por direitos trabalhistas - e revela o quanto ainda existe um sexismo arraigado na cultura de diversos povos. A alfinetada foi boa e poderia ainda ficar mais interessante se nova pesquisa fosse lançada, dessa vez indagando: e o lugar do homem, é no trabalho ou em casa?
(existe até um conceito que dialoga, de alguma forma, com a ideia do homem doméstico e se chama 'homem suave'. Pode ser lido aqui: http://www.presseurop.eu/pt/content/article/101441-o-lugar-do-homem-passou-ser-em-casa)
Por: Marcelo Oliveira Lima
