quarta-feira, 31 de março de 2010

Cresce o número de homicídios em Salvador


Na última segunda-feira, 29, Salvador completou 461 anos de existência. Para comemorar tão importante data, a prefeitura da cidade organizou uma festa gratuita na Praça Castro Alves, que foi comandada pela sensação do momento, a banda Parangolé. A festa foi bonita. O público presente seguiu os passos de Léo Santana, que em cima do palco dançava o Rebolation. Mas será que tudo é festa na Terra de Todos os Santos?

Segundo dados do Centro de Documentação e Estatística Policial, da Secretaria da Segurança Pública (Cedep/SSP), o número de homicídios em Salvador e região metropolitana aumentou em 58%. Entre janeiro e março de 2010 foram registrados 552 assassinatos, enquanto que no mesmo período do ano passado foram registrados 349. (Os dados foram retirados do site Notícias da Bahia)

Grande parte destes homicídios ocorrem nos finais de semana. Entre a noite de sábado, 20, e a tarde domingo, 21, do mês de março, foram registrados em Salvador 19 homicídios pela CENTEL – Central de Telecomunicação das Polícias Civil e Militar. Esse número alcança a marca assustadora de quase um homicídio por hora. E, como já é de se esperar, a maioria das ocorrências são em bairros periféricos da cidade, como Periperi, Castelo Branco, Valéria, Liberdade e por aí vai.


A tragédia é anunciada. Não é de hoje que os números acusam Salvador como uma das cidades mais violentas do país. Autoridades da área de segurança pública e estudiosos sobre o assunto apontam como causas do problema velhos conhecidos da população: o desemprego, a desigualdade social e precariedade do ensino público. Além desses, outro vilão que aparece como causa dos homicídios, principalmente nos fins de semana, é o álccol.


Idade nova, problemas velhos. No aniversário de 461 anos, a capital baiana ganha um presente indigesto. A população de Salvador clama por segurança. Até quando nossos governantes continuarão tapando o sol com a peneira, realizando festas em vez de proporcionar segurança aos seus cidadãos?