No dia internacional da mulher Meryl Streep concorreu ao Oscar pela 16ª por seu papel no filme “Julie e Julia”, em que interpreta Julia Child, a mais famosa cozinheira norte-americana que, em 1966, chegou a ser capa da revista Time. Esta é mais uma das facetas femininas vividas por Meryl, uma atriz que já fez de tudo no cinema e continua com fôlego para imergir cada vez mais no mundo feminino.
Nasceu na cidade de Summit, New Jersey, em 1949. Estreou no cinema em 1977, com 28 anos (tarde para os dias de hoje) no filme Julia, drama de guerra dirigido por Fred Zinneman que aborda o trágico holocausto judeu. A seguir excursionou pelo tema da guerra do Vietnã na película “O Franco Atirador” que debate o reflexo do conflito na vida de três amigos oriundos da classe operária que seguem juntos para combater os vietnamitas. Por este filme Meryl Streep recebeu sua primeira indicação ao Oscar de melhor atriz.
Daí em diante ela não parou mais. Trabalhou com diretores como Woody Allen, Clint Eastwood, Robert Benton, Nora Ephron que lhe permitiram estudar, absorver e colocar nas telas do mundo inteiro as ambigüidades, desejos e conquistas de várias gerações de mulheres.
Em “Kramer vs Kramer” expôs as inquietações com relação ao tradicional papel assumido pela mulher no casamento e a possibilidade de divórcio nos anos setenta, que ainda era considerado um tabu. Interpretou uma funcionária de uma fábrica de componentes nucleares que luta contra a precariedade do ambiente de trabalho e arrisca sua vida em “Silkwood”. Revela sua capacidade de fazer rir em “Simplesmente Complicado”, em que vive uma mãe de meia idade que começa a ter um caso com o ex-marido, entre tantos outros papéis que imortalizou no cinema.
Meryl revela a cada novo papel a capacidade de se reinventar no cinema e de inventar novas mulheres, que com certeza encontram correspondência no mundo real. O público agradece e, em mais uma noite de Oscar, apesar de não ter ganho, fez com que o Dia Internacional da Mulher fosse mais especial.
