segunda-feira, 31 de maio de 2010

O abandono do Centro de Educação Física e Esporte

Reformas estão previstas, mas ainda não há uma data certa

            Visitar o Centro de Educação Física e Esporte da UFBA (CEFE/UFBA) durante a semana pela manhã é completamente diferente de transitar pelo local nas tardes e noites de sexta-feira e nos finais de semana, em que o grande número de freqüentadores contrasta muito com as manhãs vazias. Mas independente do momento em que se visita o CEFE/UFBA, o abandono e o estado precário da estrutura do centro é evidente.
            Construído no final da década de 70 em uma área nobre da Avenida Oceânica, em Ondina, o CEFE/UFBA possuiu inicialmente um campo de futebol, uma área de atletismo, quadras descobertas e uma construção (aparentemente provisória) contendo dois banheiros, duas salas, uma copa e um almoxarifado. Nessa mesma época foi estabelecido um projeto de construção de um complexo esportivo completo, com um parque aquático, um ginásio poliesportivo com arquibancadas e alojamento, prédio para a Escola de Educação Física, uma arquibancada ao redor do campo de futebol oficial e duas entradas, uma pela orla (que existe atualmente) e outra por São Lázaro. Mas até hoje a ideia não saiu do papel.
            Enquanto isso, se busca alternativas, por exemplo, na falta de piscina para as aulas práticas, os alunos utilizam a do colégio ISBA, localizado próximo ao CEFE/UFBA, e que em troca fazem uso das quadras do centro. Mas esse acordo já gerou constrangimentos. “Teve colegas meus que sofreram preconceito, de chegar lá e alunos da FSBA chamar os alunos da UFBA de 'os sem-piscina'”, denuncia Clayton César, estudante de Educação Física.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

É Líder!


O Bahia venceu, na última terça-feira, 25, a equipe do Vila Nova por 4x0, em jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro da série b. A partida foi disputada no Serra Dourada, em Goiânia, e com os três pontos o tricolor chegou à liderança da competição. Para completar a boa fase, o atacante Rodrigo Gral alcançou a artilharia da sérieb com 4 gols.

O Jogo

O Tricolor começou a partida em cima do Vila Nova, e logo aos 6 minutos Ananias sofreu penalti convertido pelo atacnte Rodrigo Gral. Após o gol, o tricolor diminuiu o ritmo, mas ainda assim levou perigo ao goleiro Everton em diversas oportunidades. O lateral Ávine desperdiçou duas chances incríveis de ampliar o marcador ainda na primeira etapa.
No segundo tempo, a equipe baiana continuou pressionando e marcou mais três vezes. Vander, Gral e Ananias completaram a goleada. Vander, um dos destaques do tricolor, marcou o gol mais bonito da partida, ao acertar um chute certeiro no âgulo do goleiro Everton.
Ao fim do jogo, o técnico Renato Gaúcho se mostrou satisfeito com a equipe e convocou a torcida para o jogo contra o Sport, próximo compromisso do Bahia. A partida será no sábado, às 16h, e a expectativa é de casa cheia.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A casa vermelha na Ladeira da Vila América.


Por Renata Vidal

Fotos: Isaac Damasceno

‘‘Comecei a viajar, não tanto pelo desejo de fazer pesquisas etnográficas ou reportagens, mas por necessidade de distanciar-me, de libertar-me e escapar do meio em que tinha vivido até então, cujos preconceitos e regras de conduta não me tornavam feliz. Nele me tinham ensinado que havia duas categorias de pessoas. Aquelas cuja amizade era desejável cultivar, pois representavam um capital relação e aquelas cujo convívio e ligações deviam ser desencorajados, devido ao pouco proveito moral ou material que delas se podia esperar’’. É assim que Pierre Verger explica, em seu livro 50 anos de fotografia, sua única publicação a conter escritos autobiográficos, as razões que lhe fizeram correr o mundo.

Pierre Edouard Leopold Verger, era francês, vindo de um mundo que dividia as pessoas de acordo com seus cartões de visita, reconheciam-se como pessoas respeitáveis quem os possuíam gravados em relevo, e eram considerados cidadãos de segunda classe aqueles cujos cartões fossem somente impressos. No ano de 1932 ele deixou seu país e começou a buscar uma forma de viver diferente da experimentada até então, na qual mais importava o status das pessoas e seus bens materiais do que quem elas eram ou o que tinham para ensinar. Foi essa razão que o levou até a Rússia comunista em outubro de 1932, quando se comemorava o aniversário de 50 anos da revolução, mas concluiu que viver de maneira a contradizer o ideal da sociedade burguesa era da mesma forma deixar que ela determinasse como deveria ser sua vida. Era exatamente isso o que ele não queria.

Japoneses querem transmitir a Copa em Holografia

Hologramas não serão mais ficção, segundo os Japoneses(Star Wars/Divul.)
Por Moisés Costa Pinto
Antes mesmo do 3D se popularizar ao redor do Mundo, os japoneses já projetam a transmissão da Copa do Mundo em Holografia! Sim, Holografia!

O que é Holografia? Segundo o Wikipédia, Holografia é “é uma forma de registrar-se ou apresentar uma imagem em três dimensões”. Ou seja, a realidade vivida em Star Wars por Anakin e Obi Wan não está tão distante assim, para os orientais.

Na tentativa de convencer a FIFA que é a melhor escolha para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2022 – sem a Correia do Sul- o Japão fez uma proposta de 6 bilhões de dólares pra oferecer o recurso de TV's com Holografia em todo o mundo. O investimento também prevê o uso de arenas esportivas para transmitir, em tempo real, partidas de futebol com o recurso. Na prática, o torcedor iria ao estádio ver o jogo de sua seleção que está acontecendo do outro lado do mundo, como se a partida estivesse sendo disputada ali. E esta é outra premissa da holografia, segundo o Wikipédia: codificar uma informação visual e depois (através do laser) decodificá-la, recriando "integralmente"!

"A tecnologia será possível em 2016"
Os jogos seriam gravados 360 graus, utilizando 200 câmeras de alta definição e o som da peleja seria transmitido em volume real e distribuí-lo pelo sistema de áudio do estádio. Segundo os japoneses, 400 estádios seriam selecionados para receber a tecnologia, alcançando 360 milhões de pessoas ao redor do planeta.

Para os orientais, essa não é uma proposta de ficção cientifica – como nos filmes a partir dos anos 60-, mas uma realidade que pode estar disponível já em 2016.

Veja, a seguir, um vídeo postado no Youtube, sobre como seria a tecnologia de hologramas em um futuro breve:

quinta-feira, 20 de maio de 2010

VI Enecult

Acontece entre os dias 25 e 27 de Maio o VI Enecult – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura – maior evento de estudos em cultura de todo o país. O Enecult trará este ano pesquisadores renomados no Brasil inteiro, como o sociólogo Renato Ortiz e o cientista político Guiseppe Cocco, que participarão junto ao diretor do Departamento Regional do Serviço Social do Comércio no Estado de São Paulo (SESC-SP), Danilo Miranda, da Mesa-redonda I: As Políticas Culturais no Governo Lula, no Salão Nobre da Reitoria, logo após a Mesa de Abertura, que acontece meia hora antes.
O Enecult contará ainda com diversos pesquisadores ibero-americanos, quais Fernando Vicário e Antonio Lafuente (Espanha), Rocío Ortega (Paraguai), Guillermo Mariaca (Bolívia) e Ana Wortman (Argentina). Além disso, cerca de 300 trabalhos de temáticas que vão de políticas culturais e construções identitárias as mais diversas às mídias digitais serão apresentados na Faculdade de Comunicação e no PAF III – UFBA, no Campus Ondina, durante os dias do evento.
Além disso, a programação completa do ENECULT conta ainda com uma série de atividades paralelas, incluindo o lançamento de livros que abordam sob diversos enfoques temáticas relacionadas à cultura – 17 deles apenas na festa de encerramento. Professores, pesquisadores e estudantes universitários com interesse em temáticas relacionadas à cultura não podem deixar de comparecer ao evento, que também pode interessar profissionais das mais diversas áreas do mercado ligadas à economia da cultura. Quem quiser saber mais pode conferir o blog e o twitter do enecult, ligar para +55 (71) 3283-6198 ou mandar um e-mail para cult@ufba.br.

Por João Araújo

Processo de abertura do Restaurante Universitário da UFBA é marcado por contestações

Estudantes exigem melhorias para fortalecer política de assistência estudantil na universidade


Matheus Sampaio

Desde o dia 17 de maio a Universidade Federal da Bahia (UFBA) deixou de ser a única universidade federal do país sem um Restaurante Universitário (RU) ativo. A reabertura do restaurante só foi possível após a realização de um contrato emergencial com a empresa Dall Alimentos e Serviços pelo período de seis meses. O anúncio de que o preço da refeição seria R$5,50 gerou revolta na comunidade estudantil: “Eles acham que a gente é palhaço! Depois de vinte anos, 1500 refeições e ainda com esse preço, numa universidade com 35000 estudantes? Isso é um absurdo!”, é o que pensa o estudante de Medicina Veterinária Brasil Alves.

Quando fala em vinte anos, Brasil se refere à inatividade do restaurante desde 1990, período em que foi fechado pelo Conselho Universitário, pela existência de algumas irregularidades como mau gerenciamento de recursos, defeitos nos equipamentos, greves de servidores e protestos de alunos. Mesmo existindo, desde 2001, um Centro de Convivência construído para abrigar o novo RU, ele passou todo esse período desativado por novos problemas estruturais, mas principalmente por problemas em processos licitatórios.

Já o estudante de Ciências Sociais Hugo Santos contesta essa versão oficial: “Naomar (Almeida Filho, reitor da UFBA) está à frente da gestão há quase oito anos, a não abertura do RU é uma questão política. Foi uma opção política de não atender às necessidades das e dos estudantes que necessitam de assistência estudantil”. Hugo é membro do coletivo Um Real já, um grupo de estudantes da UFBA que se organizou para reivindicar mais refeições e menor preço no RU.

Polêmica sobre o preço das refeições

Todos os estudantes passaram a ter o direito às refeições pelo preço de R$2,50, mas isso se deveu à falta de condições de a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE) fazer um processo seletivo em pouco tempo, segundo informou o professor Álamo Pimentel, pró-reitor da PROAE. É que inicialmente estava previsto que esse preço seria apenas para 400 estudantes selecionados pela PROAE, mas, como a demanda era urgente essas refeições foram abertas à comunidade estudantil da universidade.

O coletivo Um Real questiona o próprio preço cobrado pela Dall no contrato. Eles acham justo que o preço final para os estudantes seria de R$1,00: “R$5,50 tá muito caro. Na UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), por exemplo, a empresa cobra R$3,50 por cada refeição, a universidade subsidia e sai R$1,00 pros estudantes” é o que diz o estudante de Geografia, Davi Monteiro.

Se comparado com alguns restaurantes terceirizados que funcionam dentro da UFBA, o preço da Dall também está alto. O JF entrevistou Edelzuita Oliveira, responsável pelo restaurante self-service da Faculdade de Comunicação, ela diz que “90% das pessoas que almoçam aqui gastam menos de quatro reais”, e, em alguns casos,“tem pessoas que comem aqui que o prato dá R$1,60”, confirma.

Os militantes do Um Real Já fazem questão de lembrar o grande orçamento da UFBA, que em 2009 chegou a 929 milhões, somando-se a uma receita extra-orçamentária de 161 milhões. O estudante de direito, Mario Soares é enfático: “é esse orçamento enorme da universidade que me preocupa, eles não tem argumento de colocar o RU a um real.” Só que, desse orçamento, a Pró-reitoria de assistência estudantil ficou com apenas 12 milhões de reais.

O professor Álamo Pimentel diz que a PROAE argumenta que a universidade não tem condições de assumir as reivindicações do movimento porque “esse contrato de seis meses que a gente pretende levar até o final ta custando 4,2 milhões anuais”, e ainda reforça: “a gente não é contra à refeição de um real, agora temos que pensar como é que isso vai impactar no orçamento da universidade”.

Sobre o problema da quantidade de refeições, Álamo diz que não é só pela condição financeira da PROAE. Ele afirma que essa é a capacidade máxima da cozinha, que foi calculada com base num estudo realizado pela Escola de Nutrição da UFBA (Enufba), que considerou o espaço físico e os equipamentos disponíveis. Álamo diz que esse é só um começo para o RU e garante que “o projeto que nós estamos deixando para a universidade, é que nós tenhamos uma unidade de produção em Ondina e outros pontos de distribuição em outros campi”.

Estudantes devem estar presentes nas discussões


Um estudante também membro do Um Real Já que não quis se identificar defende o argumento de que esses impasses devem-se, em grande parte, à “ausência do movimento estudantil na luta pelos verdadeiros interesses dos estudantes”, para ele muitos segmentos do movimento estudantil estão mais ligados a interesses partidários do que os interesses dos estudantes. “Eu já pertenci a um DA ( Diretório Acadêmico) e sei como as coisas acontecem, eu já fui até ameaçado de agressão física”.

A força do movimento estudantil pode superar esses impasses, é o que acredita Gustavo Menezes: “cabe agora fortalecer a pauta diante do conjunto de estudantes e avançar na luta, pressionando a Reitoria a também colocar a assistência estudantil em debate, reduzindo o preço e ampliando o número das refeições, além de responsabilizar-se pela real implementação de uma política de assistência estudantil na UFBA”.




segunda-feira, 17 de maio de 2010

Inauguração do Museu Nacional da Enfermagem


Será inaugurado em Salvador no próximo dia 20 de maio, o Museu Nacional da Enfermagem Anna Nery (MuNEAN). O museu funcionará numa edificação do século XIX, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, protegida por tombamento e concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O edifício teve que sofrer modificações em sua parte interna para abrigar as duas salas de exposição, a biblioteca e um espaço multifuncional.


O novo museu terá o objetivo de valorizar a profissão, preservar a memória e fomentar o seu desenvolvimento futuro. A inauguração conincidirá com o fim da semana de enfermagem que celebra todo os anos o dia do enfermeiro, 12 de maio.


O nome do museu homenageia a enfermeira Anna Nery, patrona da Enfermagem brasileira. Lá o visitante poderá conhecer sua história desde seu nascimento na cidade de Cachoeira/BA, passando por sua heróica dedicação de cuidado aos feridos e doentes na Guerra do Paraguai, até seu retorno ao Brasil, seus esforços posteriores pela Enfermagem, e homenagens recebidas em vida e após sua morte.


O presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) diz que o MuNEAN é um marco histórico da enfermagem brasileira e fonte de consulta importante do ponto de vista político, científico e cultural. "A profissão cada vez mais tem conseguido o respeito e o reconhecimento que merece e, nós, membros do Conselho Federal e de todo o sistema, temos o compromisso com o seu fortalecimento ao dignificar o seu exercício. A inauguração do museu vai ser um marco importante e fundamental aos profissionais e a população", disse Manoel Carlos Neri.
Para maiores informações é só consultar o site do MuNAEN: http://www.museudeenfermagem.com.br/home
Por: Renata Vidal

sábado, 15 de maio de 2010

Quadrinhista brasileiro cria história de Wolverine

O quadrinhista Rafael Grampá divulgou em seu twitter os primeiros desenhos que fez do mutante Wolverine, personagem dos X-Men, para a editora norte-americana Marvel Comics.


O convite para desenhar a personagem surgiu do sucesso editorial da primeira HQ do brasileiro, Mesmo Delivery. Lançada de modo independente nos EUA, Grampá conseguiu esgotar a tiragem do seu trabalho, que foi reimpresso pela editora Dark Horse em material luxuoso com direito a extras recheados de pin-ups de desenhistas famosos do mercado de quadrinhos. Os editores da Marvel decidiram lhe dar espaço na antologia Strange Tales, permitindo que ele escolhesse qualquer personagem da editora e criasse livremente uma história. Ele escolheu o Wolverine.

Wolverine desenhado pelo Grampá, imitando a paleta de cores do artista Barry Windsor-Smith

Grampá é um dos desenhistas brasileiros que está fazendo sucesso nos Estados Unidos, trabalhando para grandes editoras como a Vertigo e Dark Horse. Juntamente com ele há nomes como Fábio Moon, Gabriel Bá, Eduardo Ferigato e Rafael Albuquerque. O maior feito de Grampá até o momento é ser o primeiro brasileiro a criar uma história para a Marvel Comics - é comum que os brasileiros apenas ilustrem HQs já roteirizadas.





Além do Wolverine, Grampá trabalha na minissérie Furrywater and the Sons of Insurrection, para a Vertigo, juntamente com o escritor brasileiro Daniel Pelizzari. Dentre seus trabalhos, se destaca a arte para uma revista de Constantine, o famoso bruxo inglês. Em 2008, os direitos de filmagem de Mesmo Delivery foram vendidos para o produtor Rodrigo Teixeira. Nada segura Grampá - SNIKT!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Memorando sobre a visita do Papa gera polêmica na Inglaterra

Que visitas do papa a países ocidentais não-católicos costumam gerar mais polêmica do que visitas de outros líderes religiosos e chefes de Estados autocráticos isso é fato conhecido, então protestos como o da GALHA (The Gay and Lesbian Humanist Association) em Brighton no final do ano passado e os anúncios feitos em Abril pelos célebres Richard Dawkins (evolucionista professor da Universidade de Oxford) e Christopher Hitchens (jornalista e crítico literário) de que iam processar o Vigário de Cristo por crimes contra a humanidade – tudo em resposta a visita que o Sumo Pontífice pretende fazer ainda em Setembro desse ano à Inglaterra – não chamaram atenção maior do que o normal nesses casos.
O incomum dessa vez foi a publicação recente de um memorando oficial que circulou no Ministério de Relações Internacionais sugerindo que, para comemorar a sua visita, o Patriarca do Ocidente deveria aproveitar enquanto estivesse na Inglaterra para abrir uma clínica de abortos, abençoar um casamento gay, aproveitar para pedir desculpas à Armada Espanhola, cantar uma canção à Rainha para a angariação de fundos e lançar uma marca de camisinha com seu nome (Benedictus). O memorando chamava atenção para o fato de que deveria ser de circulação interna, mas isso não impediu que o The Sunday Telegraph tivesse acesso a ele e o publicasse na íntegra, gerando toda a confusão.
O autor, um estudante de pós-graduação de 23 anos, foi trocado de departamento, deixando ultrajados os cardeais britânicos que esperavam sua demissão (ou, ao menos, suspensão). O resultado? O governo britânico pediu desculpas e qualificou como estúpidas as colocações do jovem, afirmando que não refletiam a opinião do Estado nem do povo inglês e o porta-voz da Santa Sé afirmou que não se podia levar a sério declarações de alguém que anunciava “beber muito” como um de seus hobbies. Assim, a visita continua marcada, apesar de toda a tensão e das especulações sobre seu possível cancelamento.

Mães digitais


Já passou do tempo em que as mães não entendiam de computador, câmeras digitais e internet. Cada vez mais "plugadas" as mamães estão mostrando que entendem tudo de eletro-eletrônicos e acompanham os filhos na era digital. Prova disso é o grande aumento na compra de produtos eletrônicos como opção de presente no Dia das Mães.

Neste ano o comércio de segmentos da linha digital, durante o Dia das Mães, aumentou de maneira significativa, de acordo com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce. As pesquisas mostraram que informática, com 10%, e eletrônicos, com 8%, figuraram entre os cinco segmentos mais vendidos, antecedidos por livros, assinaturas de revistas e jornais e saúde, beleza, cosméticos e medicamentos.

Já faz tempo que mãe não é sinônimo de dona de casa, e o mercado está acompanhando essas mudanças e oferecendo maiores opções de presentes modernos e digitais. Portabilidade, design e tecnologia são atributos necessários para seduzir as mamães que estão cada vez mais exigentes. Esse foi o caso da estudante Joana Oliveira, 23 anos, que este ano decidiu presentear a sua mãe com um BlackBerry. "Minha mãe é daquele tipo que não pára em casa e pra ela vai ser ótimo poder estar conectada o tempo inteiro", afirma a estudante.

Sarah Corral

terça-feira, 11 de maio de 2010

Emissoras de TV aberta estão disputando audiência com canais pagos, games, DVD’s e internet

Os aparelhos televisivos não estão sendo utilizados para assistir à TV aberta com a mesma freqüência de antigamente. Os canais pagos estão sendo cada vez mais assistidos, além disso, o televisor também está sendo aproveitado para games, internet, DVD’s e VHS. Segundo o Ibope, esse crescimento nos últimos anos é modesto, mas consistente.

De 2005 até 2009, além da notória mudança de posições entre SBT e Record e uma pequena queda da Globo, a audiência dos canais UHF e pagos cresceram de 4,1 para 5 pontos. A utilização da TV para as outras finalidades, como games e internet, teve um crescimento ainda maior, subindo de 1,6 para 3,6 pontos, ultrapassando as emissoras Band e Rede TV!.


A soma dessas novas formas de entretenimento também merece destaque: a audiência dos canais fechados com os games e internet chega a quase 9 pontos e ocupa a terceira colocação. Essa posição deveria ser do SBT, mas, em 2009, a emissora de Silvio Santos obteve apenas 6,3 pontos.

Essa pesquisa considera o horário nobre da televisão brasileira, que vai das 18 até 0h.

Semana da enfermagem


Amanhã, 12 de maio, é o dia dos enfermeiros e as entidades representantes da categoria promovem, como de costume, uma semana de comemoração, entre os dias 12 e 20 de maio. Neste ano de 2010, a Escola de Enfermagem da UFBA (EEUFBA) e a Associação Brasileira de Enfermagem, seção Bahia (ABEn-BA), com o apoio do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB), se articulam, mais uma vez, e organizam uma programação para a 71º Semana Brasileira de Enfermagem, colocando em pauta o tema , "O Poder do Cuidador" e as discussões sobre a expansão dos cursos de graduação em enfermagem no estado da Bahia e a sua relação com a qualidade da formação e com o mercado de trabalho.


Confira a programação:


Quarta-feira, 12 de maio de 2010
Local: Sede da ABEn-BA

16:00hExposição do Núcleo de Memória da EEUFBA: Escola de Enfermagem da UFBA, mulher e inclusão social.Exposição de pôsteres de alunas(os) da disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade/EEUFBAExposição: 60 anos da ABEn-BA

18:00h Abertura da Semana Brasileira de Enfermagem:Enfa. Maria Luísa de Castro ALmeida: preseidente da Associação Brasileira de Enfermagem, seção Bahia (ABEn-BA)Profa. Heloiza Costa: diretora da Escola de Enfermagem da UFBA (EEUFBA)Representante da Executiva Nacional dos Estudantes de EnfermagemEnfa. Lúcia Duque: presidente do Sindicato do Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB)

18:30h Palestra:Coordenadora: Tânia Bulcão (vice-presidenten da ABEn-BA)O Marketing sobre o cuidado e o poder do cuidador.Palestrante: Profa. Cristina Melo (EEUFBA)

Segunda-feira, 17 de maio de 2010
Local: Sede da ABEn-BA

17:00hExposição dos trabalhos de alunas(os) do PETSAÙDE DA FAMÌLIA

18:00h PainelCoodenadora: Profa. Norma Fagundes (EEUFBA)Expansão dos cursos da graduação em enfermagem e os reflexos na qualidade da formaçãoProfa. Heloniza Costa: diretora da EEUFBAExpansão dos cursos da graduação em enfermagem e os reflexos no mercado de trabalhoEnfermeira Tatiane Araújo dos Santos (EEUFBA)

19:30 Encerramento

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Brasil pode ficar sem iPad


Por Moisés Costa Pinto
Por causa de uma disputa judicial em torno da patente do nome “iPad”, o Brasil pode ficar de fora da lista de países da fabricante Aplle para receber o produto.
A empresa brasileira Transform Tecnologia de Ponta, que atua com eletroeletrônicos já contestou o pedido da Apple no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual).

Caso a Aplle resolva lançar o aparelho sem ter essas pendências resolvidas, ela pode ser processada. Entretanto, os trâmites administrativos devem durar, pelo menos, 14 meses. Por isso, há um grande risco do Brasil ficar sem ter o aparelho.

E na Europa - A Aplle também encontrou dificuldades para lançar o seu produto na Europa. A marca “iPad” também tinha registro legal no Velho Continente. A empresa ST Microelectronics registrou no dia 14 de setembro de 2001 a marca. Esse registro tem validade em toda a União Européia e vai até setembro de 2010, e pode ser renovado.

Por esse motivo, a Apple anunciou, no dia 12/04, que os iPads não estarão à venda fora dos Estados Unidos antes do final de maio. Na Europa os aparelhos são revendidos por até 500 dólares a mais que nos Estados Unidos por atravessadores e site com o ebay.

Por esses motivos muitas empresas já estão aproveitando o vácuo da americana e a grande expectativa dos consumidores e já estão lançando os concorrentes do iPad. Veja alguns dos produtos no slide a seguir:

Sounds of Hamburg

A Orquestra Filarmônica de Hamburgo (Alemanha) utilizou com maestria a Realidade Aumentada (RA) para uma ação que envolve música e muita criatividade - Sounds of Hamburg.

Respirando o conceito de "internet das coisas", no qual objetos, pessoas e ambientes são integrados por meio de camadas de informações virtuais, a ação consiste no seguinte: através de um software, o usuário pode escolher um cenário da cidade para visualizar em tempo real. Neste cenário, ele marcará pontos do ambiente que representarão o som de um determinado instrumento musical. Quando alguém (pessoa, animais, carro etc.) passa por este ponto marcado no ambiente, ele, automaticamente, dispara o som do instrumento criando uma dinâmica espontânea para a música clássica. Ou seja, quem usa o programa pode se tornar um maestro que utiliza o movimento natural das pessoas e/ou objetos para fazer música.

Confuso? Veja no vídeo abaixo como funciona:




Fonte: Comunicação e Novas Mídias

domingo, 9 de maio de 2010

Televisão para as novas mamães


Nesse domingo do Dia das Mães, algumas delas estão comemorando a data ainda no hospital com o bebê recém-nascido assistindo ao canal TV Mulher e Mãe, que veicula programação diária em maternidades afiliadas ao projeto.

A ideia surgiu do publicitário Waltely Longo que realizou junto ao Ibope uma pesquisa em 2004  com as classes A, B e C, comprovando que mulheres grávidas e mães recentes tem maior intenção em sair à compras do que as mulheres em geral. Além disso, esse segmento com diferenças nos hábitos, costumes e perfis de compras possui uma grande demanda por informações, por conta dessa fase que traz realizações mas também incertezas.

Através desse estudo de sua agência de publicidade Brand Storm, empresa especializada no fortalecimento e expansão de marcas, descobriu que faltava no mercado um produto que atendesse as mães que acabaram de ter um filho e tivesse uma comunicação direta com essas mulheres logo nos primeiros dias pós-parto.

O propósito inicial de atingir cerca de 300 mil mulheres por ano foi alcançado ainda em 2005, quando no começo deste ano o canal passou a ser veiculado. Transmitido via satélite, hoje a TV Mulher e Mãe está presente em 155 maternidades de 70 cidades em 18 estados do Brasil. Na Bahia, o canal está disponível somente em Salvador, nos hospitais Aliança e Sagrada Família, e em Itabuna, através do Hospital Manoel Novaes.

Programação



Aproveitando que as telespectadoras passam em média três dias nos hospitais, a programação é fixa e reapresentada periodicamente, já que o público está sempre se renovando. Com os poucos programas e muitas reprises, Longo pode investir em produtos de alta qualidade, mas sem ter um custo tão elevado.

A diferença surge também na publicidade, realizada através de patrocínios e não a forma comum de compras de espaços comerciais. As empresas aparecem em todo comercial publicitário como patrocinadoras ou participando da grade como a GNT, que tem determinados programas de seu canal veiculados na TV Mulher e Mãe. Outras exemplo de parceria é o da revista Crescer, da editora Globo, distribuída nas maternidades junto com o guia de programação do canal, buscando marcar a presença da publicação com a leitora.

A programação, transmitida 24 horas por dia, traz informações, serviços com temáticas de beleza, lazer, culinária, nutrição, apresentadas por mamães famosas, como Rita Lobo, chefe de cozinha, que dá dicas culinárias no Entre Papos e Papinhas. A jornalista Silvia Poppovic e as atrizes Cassia Kiss e Luiza Tomé são outras mães presentes no canal.

Além do GNT, o projeto também tem parceria com BBC e Discovery Channel e hoje busca expansão  para outros países na América Latina, principalmente com os bons resultados obtidos, já que 79% das mulheres, presentes nessas maternidades com acesso a esse canal, assistem cerca de nove horas de programação durante a época em que permanace no hospital.

Procura-se por filhos


Por Karina Costa

Simone não vai trazer o presente da mãe Josenilda neste domingo, dia 9 de maio. Josenilda Pinho não vai esquecer todos os 26 dias das mães que passou com a filha. Mas a professora cansou de esperar que a filha voltasse da viagem de férias à Chapada Diamantina e foi em busca da jovem. Jamais descansou nessa procura, como não descansam outras tantas mães que viram seus filhos saírem, mas não os viram voltar. Foram engolidos pelo mundo.

Em 16 de junho de 2000, Simone Pinho, 26, foi para Lençóis. Um homem interrompeu sua trajetória e enterrou seu cadáver, deixou a mãe da moça a procurar por sinais de vida ou de uma indesejável morte, por cinco anos. Abril de 2005, esse homem aparece no “Fantástico”, José Vicente Matias, preso e réu confesso de seis homicídios, entre eles de uma moça da Bahia. Em 2005, Josenilda encontrou a ossada da filha perto do rio Ribeirão de Baixo. Simone havia sido morta, enquanto fazia trilha. O enterro “de verdade” só ocorreu no dia 24 de março de 2006, era fim de uma história triste.

Durante esses cincos anos, 1. 825 dias, Josenilda Pinho foi à Polinter procurando quem pudesse ajudá-la. Os órgãos públicos não foram eficientes, alegaram que Simone não era mais uma criança e que não tinham o que fazer. Para a mãe, não faltou vontade e força para descobrir o que havia acontecido com a filha. Sobrou tristeza, que até hoje faz parte da vida de quem viveu a saga de procurar por filhos desaparecidos.


“O Movimento Simone Pinho virou minha vida” , Josenilda Pinho

Em 10 setembro de 2002, depois de ser vice-presidente do Mães do Brasil, organização que ajuda na procura por desaparecidos, com sede no Rio de Janeiro, Josenilda funda o Movimento Simone Pinho em Salvador. A Ong tem 3.028 desaparecidos cadastrados. São mães que procuram filhos e filhos que procuram mães, pais, irmãos. Com quase oito anos de fundação, foram 648 localizados, como eles são tecnicamente chamados. Mas que quem viveu não sabe nomear a sensação desse reencontro.

As histórias desses poucos mais de 3 mil desaparecidos, são semelhantes: Osvaldo Costa, 33, saiu de casa dizendo dizendo que iria para Salvador e não mais retornou. Como não retornou Edson Menezes, 21, que foi para o bairro de São Tomé de Paripe fazer biscate e menina Emeli Carolino, 14, que saiu dizendo que ia para escola. Os cartazes de ruas não dizem nada da angústia daqueles que os procuram, não falam de Lindinalva mãe de Osvaldo, nem da procura de Maria Nilza por Emeli. Deixam apenas telefones que insistem em não tocar.

Mãe e Professora

Vera é Mãe e Professora
Por Moisés Costa Pinto
Colaborou Mariana Dias
Toda mãe é uma professora de alguma forma. Umas ensinam o filho a andar, a falar, lavar a louca, a cozinhar, a amarrar os cadarços do tênis. Outras chegam até a ajudar nas tarefas escolares dos seus pequenos pupilos. E quando uma mãe também é professora, o que acontece?

Este é o caso da Professora e Mãe Vera Passos, 51. Vera lecionou matemática, português e inglês por 25 anos e tem dois filhos jovens: um de dezesseis e uma de doze. “Li a autobiografia de Jane Fonda e ela dizia que para uma das coisas mais importantes da vida ninguém dava curso pra gente, que é ser mãe”, argumenta. Ela considera ser uma das profissões mais difíceis de todas, ser mãe. “Ser mãe é como ser professor, porque você planeja as aulas e elas não são como deveriam ser”, completa.

Vera conta que seus filhos não gostam de estudar e tentam fugir da mãe professora a todo custo, mas sempre acabam pedindo ajuda em ultimo caso. “Às vezes, sou chamada a ser professora dos meus filhos, ai eu sou um fracasso total”, confessa. Vera afirma que paga um professor particular para seu filho aprender matemática, assunto quer ela ensinou por quase toda vida. “É um suplicio ver aquilo, fico agoniada”, revela.

Já para Marcos Costa, 16, aluno do segundo grau, é muito complicado para ele ter uma mãe professora em casa. “Às vezes ela é mais mãe, às vezes mais professora”, revela. Marcos diz que também já negou a ajuda de sua mãe muitas vezes. “Mas, hoje em dia, eu peço ajuda dela para resolver meus problemas, quando não consigo aprender em sala de aula”, diz.


sábado, 8 de maio de 2010

Mamãe sem lar

Sábado, 8 de maio, véspera do dia das mães. Como aconte em todos os anos, o comércio estava agitado, os shoppings lotados e as filas das lojas intermináveis. Neste mesmo dia encontramos sentada em uma calçada da Avenida Paulo VI, Ana, uma jovem de 35 anos que é mãe de três filhos. O mais velho tem 4 anos e o mais novo ainda não completou 1.

Ana conta que nasceu no interior da Bahia e foi morar nas ruas quando seu marido faleceu. Não tendo como pagar aluguel e sem parentes na cidade, após algum tempo na casa de conhecidos, acabou optando por morar nas ruas.Como meio de sobrevivência, ela, os filhos e o atual companheiro catam lixo nas ruas.

Para Ana o lixo é a sua fonte de renda: procura produtos pra vender, principalmente ao ferro velho e restos de comida para toda a família.
Questionada sobre o dia das mães, ela diz que tem saudades dos tempos que sua mãe era viva, e que se pudesse escolher um presente, ia querer uma casinha, pra criar os filhos, porque é muito difícil “ver os filhos sentirem fome e não ter pra dar de comer todos os dias. Ninguém merece ter uma ‘sorte’ como esta”.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Dia das Mães de mulheres que têm filhos hospitalizados.


Existem mulheres que são capazes de deixar família, marido, emprego e abdicar da sua vida em nome de um amor incondicional, o amor de mãe.

Muitas mães de crianças que nasceram ou desenvolveram doenças graves e não têm previsão para sair de hospitais acabam compartilhando 24 horas por dia a agonia dos seus filhos. São as chamadas mães de UTI.


Para estas mães essa dedicação, esse carinho dedicado aos filhos é uma maneira de amenizar o sofrimento deles. Muitas são as mães que irão passar o dia das mães na UTI . Para a psicóloga Adriana Gonçalves, “essas mulheres são mães de uma forma diferente. Elas têm que manifestar esse amor na sua plenitude, vinculado ao conhecimento da patologia do filho, da história dessa criança, que vai viver em uma UTI talvez a vida toda”.


Muitas dessas mulheres praticamente vivem no alojamento dos hospitais, onde trocam também experiências. Existem hospitais onde o espaço é humanizado, possuindo uma decoração especial e sendo equipado com brinquedos. A idéia é dar aconchego e por isso, alguns hospitais já pensam também na construção de alojamentos com quartos individuais onde as mães possam ter um pouco mais de conforto.


Por Taisse Abreu

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Avó; personagem principal no dia das mães.


No dia das mães muitas famílias fazem sua programação baseadas não nas vontades das mães e sim na das avós, já que as mães também precisam passar esse dia com suas mamães.

Com o aumento da expectativa de vida nossas mães, avós e até bisavós estão vivendo cada dia mais e atualmente a decisão das crianças, adolescentes e jovens sobre como e onde passar o dia das mães depende não da vontade de suas próprias mães, mas dos desejos de suas avós.

" Todo ano eu e meus filhos passamos o dia das mães com minha mãe (D. Inah, 82 anos), assim como meus 10 irmãos e seus filhos, meus sobrinhos. Ao todo somos quase 100 pessoas, entre filhos, netos e bisnetos e nos reunimos onde minha mãe escolhe, geralmente na casa de minha irmã mais velha.", conta Luiza Inah, bibliotecária, 43 anos.

Para não deixar a avó paterna de lado alguns se dividem no dia das mães para visitar as duas avós. “Nos dias das mães eu vou geralmente pra casa de minha avó por parte de mãe. As vezes eu vou almoçar na casa dela e jantar na casa de minha outra vó, porque minha avó materna faz a comemoração no jantar.”, diz Pedro Sales, estudante, 13 anos.

Uma solução encontrada é reunir as famílias, o que com as família cada menores, com menos membros torna-se também uma alternativa cada dia mais comum. “As vezes chamo a avó de meus netos mais novos pra passar o dia das mães aqui em casa, é uma maneira de juntar as família.”, afirma Eliza Maria Vidal, aposentada de 68 anos, mãe de quatro filhos homens e que por isso precisa esforçar-se para passar o dia das mães em companhia dos netos.

O dia das mães é também o dia das avós e será cada vez mais devido ao aumento da expectativa de vida. Talvez seja por isso que se costuma dizer que avó é mãe duas vezes.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Qual a origem do dia das mães?


Os primeiros relatos que se têm sobre o dia das mães remontam à Grécia. Os gregos homenageavam anualmente a titã Réia, esposa de Cronos. Ambos, Réia e Cronos, eram filhos de Urano e Gaia, e tinham mais dez irmãos. Na mitologia grega, um oráculo avisa a Cronos que seu filho mais novo o trairá e o destituirá do poder, como o próprio Cronos havia feito anteriormente com seu pai Urano. Temeroso, ele começa a engolir todos os seus filhos tão logo nasçam.
Não querendo ver a destruição de toda sua prole, Réia manda Zeus, o sexto deles, para a ilha de Creta, substituindo-o por um boneco de pedra que Cronos engole no lugar do filho. Em Creta, Zeus é criado pelas criaturas conhecidas como Dáctilos. Já adulto, o líder do panteão grego abre a barriga de Cronos e tira de lá seus irmãos Hera, Poseidon, Hades, Deméter e Héstia, com a ajuda dos quais bane os titãs para o Tártaro.
As homenagens a Réia aconteciam com a chegada da primavera, e eram marcadas por presentes e oferendas. Cibele, correspondente a Réia na mitologia romana, também era homenageada. As festas em honra a ela ocorriam sempre entre 15 e 18 de março, e duravam três dias.
No ocidente cristão, embora muitos historiadores encontrem a origem do dia das mães nas homenagens e celebrações à Virgem Maria, especialmente em certos ritos e novenas medievais em tributo à Nossa Senhora durante períodos bem específicos do ano, é certo que a primeira comemoração moderna semelhante ao Dia das Mães como o temos hoje se dá no Mothering Day inglês do século XVII. O Mothering Day, que ocorria sempre no quarto domingo da quaresma, era dedicado às mães das operárias inglesas, que tinham folga nesse dia, e marcado por tradições bem parecidas com as atuais, como a feitura de bolos (chamados de mothering cakes) e a entrega de presentes durante a missa.
Nos Estados Unidos, a escritora Julia Ward Howe, autora do Hino da Batalha Republicana (uma canção patriótica muito popular durante a Guerra Civil Americana reinterpretada por diversos artistas ao longo do século XX) sugeriu já em 1872 a criação de uma data para homenagear as mães. Em 1904, Anna Jarvis, jovem norte-americana cuja mãe havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil, entrou em depressão após a morte de sua mãe. Suas amigas e vizinhas, tocadas pela sua dor e sofrimento, começaram uma campanha pela criação de um feriado nacional em homenagem à mãe de Anna, que se juntou às amigas na campanha, apenas sugerindo a mudança de que ela deveria ser feita em prol da criação de um feriado para todas as mães.
Em 1914, dada a repercussão gerada pela empreitada dessas mulheres, o Congresso aprovou um projeto de lei, mais tarde oficializado pelo então presidente Woodrow Wilson, que decretava o dia 9 de Maio como feriado de dia das mães (por coincidência, esse ano o dia das mães cairá nos Estados Unidos, onde hoje também é comemorado no segundo domingo de maio, nesta mesma data).
Depois da criação da data nos EUA, não demorou muito para que diversos outros países criassem seus próprios feriados de dia das mães. No Brasil, o segundo domingo de maio foi decretado como dia das mães por Vargas em 1932. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, então arcebispo do Rio de Janeiro, incluiu a data também no calendário da Igreja. A partir daí, não tardou para que o feriado adquirisse, na maioria dos países onde passou a existir, um caráter comercial muito forte. Isto desagradou a própria Anna Jarvis, que na década de 20 do século passado, criou a Associação Internacional do Dia das Mães e começou a fazer, ao lado da irmã, campanha contra o feriado (ou contra o que ele havia se tornado). Ambas morreram pobres, gastando o dinheiro da herança da família nessas campanhas.
Os países árabes têm sua própria versão do dia das mães, o comemorando em geral no dia 21 de Março. Os países africanos também possuem versões do feriado, adaptadas em geral das nações pelas quais foram colonizados no final do século XIX e início do século XX. Anteriormente a esse período, havia uma série de comemorações a deusas mãe e mesmo às mães como um todo em algumas tribos da África, mas a maior parte dessas tradições foram abandonadas com a colonização.
Em diversos países, o feriado ocorre em datas “menos arbitrárias”, por assim dizer, tendo lugar em dias significativos para as mulheres ou mães daquele país, como é o caso da Bolívia, onde o dia das mães é comemorado em 27 de Março por conta da Batalha de Coronilla, ocorrida onde hoje fica a cidade de Cochabamba durante a idependência do país, na qual mulheres combatentes foram massacradas pelos exércitos espanhóis.
Hoje, o dia das mães é comemorado no mundo inteiro, e algumas tradições, como os presentes e as flores, se internacionalizaram. O feriado, antes marcadamente ocidental, tem inclusive ficado popular em alguns países onde até recentemente sequer existia, como a China e Bangladesh.

Por João Araújo.

Famílias com duas mães

Já se foi o tempo em que o dia das mães era comemorado apenas entre as famílias com mães heterossexuais. Em alguns países e inclusive no Brasil a lei da adoção permite que crianças sejam adotadas sem referências à orientação sexual dos futuros pais e mães. Por isso, no próximo domingo muitos filhos e filhas comemorarão o dia das mães com duas mães.

Entretanto, essas mães ainda são obrigadas a passar pelo preconceito de juízes - que acham que a adoção de crianças por um casal gay é uma espécie de atentado à integridade moral do menor -, família e amigos dos filhos.

Apesar da ciência ter anunciado que não existe diferença na formação de uma criança criada em uma família homossexual, de acordo com estudo publicado no American Journal of Orthopsychiatry e Journal of Lesbian Studies, em 2008, o preconceito ainda existe. Segundo o estudo, as crianças sofrem muito mais com a questão da discriminação dos amigos e conhecidos do que com alguma interferência negativa em sua criação.

“Os dados deste estudo concluem que as crianças que cresceram em famílias formadas por duas mães são saudáveis, felizes e ativas”, disse a Dra. Nanette Gartrell, uma das responsáveis pelo estudo. “Essas mães criaram um ambiente de amor e seguro onde seus filhos puderam crescer e prosperar”.

Quando contar?

Um grande dilema das mães lésbicas é se devem e quando devem ou não contar para os filhos que são lésbicas. O medo que a discriminação sofrida por elas seja transmitida aos filhos é o principal motivo para que as mães escondam de todos a homossexualidade.

Lúcia Facco escreve em seu blog, Parada Lésbica, sobre esse dilema:
“Sempre tive a preocupação com o fato de meu filho vir a sofrer preconceito por minha causa, por uma “escolha” de vida minha. Contudo, depois de muitos anos, eu cheguei à conclusão que isso faz parte do aprendizado da vida dele. Ele (agora com 15 anos) chegou para mim no outro dia e disse que não tem o menor problema em relação a isso. ‘Se algum colega se afastar de mim por conta disso, não merece ser meu colega.’” .

De acordo com os psicólogos, o ideal é que os casais contem para seus filhos sobre a homossexualidade quando as crianças completarem seis anos. Esperar que eles cheguem a adolescência pode causar graves problemas; principalmente se a criança ou adolescente fica sabendo da orientação sexual dos pais pelos outros.

Últimas decisões

No mês de abril, no Reino Unido, duas britânicas foram reconhecidas legalmente como os pais de uma criança concebida por uma delas a partir de inseminação artificial.

Já aqui, alguns políticos ainda reproduzem o preconceito. Recentemente, um projeto de lei do pedagogo e deputado federal Zequinha Marinho (PSC-PA) quer impedir a adoção de crianças por gays. (Clique aqui)

Na semana passada, em decisão inédita, o STJ reconheceu a legalidade da adoção de crianças por um casal homossexual de Bagé. Com a decisão, as duas crianças adotadas pelo casal de lésbicas receberão o nome das duas mães.

Parto na água não é para peixe


Há tempos atrás, o parto normal era a única opção para as mamães. Uma cesariana era tida como algo complexo e extremamente perigoso para a gestante e o bebê, e realizado somente em casos de risco. O avanço da medicina trouxe benefícios e maus hábitos para o campo. O parto cirúrgico passou a ser visto como um modo confortável e indolor, certamente cercado por mitos, os quais, para alguns médicos, levaram à banalização da prática. Para outros, cada forma de dar a luz é cercada por vantagens e malefícios, que devem ser avaliados tão somente pela mãe, quem deve decidir o que é mais confortável e seguro para si mesma.

Deixando para o passado a discussão feijão-com-arroz sobre o assunto, o que vem sendo, por diversos meios, cada vez mais comentado, é o parto na água. A discussão foi obviamente potencializada após a Top Model Gisele Bundchen anunciou ter aderido à prática.

No mundo inteiro, cada vez mais mulheres têm procurado formas alternativas para dar à luz. No Brasil, embora as mulheres tenham começado a demonstrar mais interesse pelo assunto, são ainda poucas as opções de partos mais naturais que são oferecidas. No serviço particular, cerca de 80% dos partos são cesáreas. Dos 20% normais, quase todos são feitos com a mulher deitada, anestesiada, dentro de centros cirúrgicos.

O parto na água é uma modalidade de nascimento onde a mulher fica dentro da água durante o período de expulsão. A água é aquecida a 36ºC, o ambiente geralmente fica à meia luz e o pai ou acompanhante pode entrar na banheira com a futura mãe. Na água, sente-se menos dor e quase nunca há necessidade de intervenções. O ambiente aquático cria uma pressão igual em todas as partes do corpo e por isso a mulher sente menos pressão no abdômen e no útero durante as contrações.

A modalidade tem sido visto como a forma mais “natural” de trazer a criança ao mundo, já que ela é expelida pela mãe dentro do meio aquoso, exatamente como estava no útero, como um modo de transição do meio uterino para o exterior. Por isso, esses nascimentos costumam ser muito suaves e calmos. Muitos bebês sequer choram quando são trazidos à tona para o colo de suas mães.

Alguns médicos alegam que esse parto não é seguro, porque o bebê pode aspirar água. Na verdade os registros de incidentes nos partos aquáticos são muito raros e comparado com partos na mesa ginecológica o parto na água não perde em segurança, mas ganha em qualidade do nascimento.

Além da utilização da água, existem diversos outras formas de tornar o momento de dar a luz mais natural e menos traumático para a mãe e o filho. O parto de cócoras, utilizado nas tribos indígenas ou o parto domiciliar, que reduz o risco de infecções podem ser boas alternativas. Dentre verdades e mentiras, a única opção imutável é a escolha da futura mamãe para cada detalhe do momento mais aguardado dos últimos nove meses.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

As vidas digitais das super mamães blogueiras

Há quem diga que toda mãe é igual, só muda o sotaque e o endereço. Hoje, entretanto, com a massificação da internet e das mídias sociais, o endereço das mamães é virtual. A possibilidade de procurar respostas e encontrar experiências reais compartilhadas na internet é algo que chama atenção das navegantes de primeira viagem.

Aproveitando o contexto, o centro de pesquisa Nielsen Online, organizou nos EUA o seminário The Digital Lives of Power Moms (As vidas digitais das super mães), para discutir o fenômeno das mães na internet. Segundo o Nielsen, cada vez mais as mães usam, a internet para a troca de experiências e, também, promoção de marcas e produtos. De acordo com a consultoria da Mom Central, cerca de 75 milhões de mães nos EUA, são responsáveis por 85% das decisões e compras em seus lares, gastando US$ 2 trilhões por ano.


Mães Blogueiras de Salvador

No caso de um grupo de mães de Salvador, a internet virou um ambiente de sociabilidade. A iniciativa começou como um grupo de discussão e, com o passar do tempo, virou um blog chamado "Mães blogueiras de Salvador" - www.maesblogueirasdesalvador.blogspot.com - espaço que reune dicas, crônicas e registros de encontros feitos por algumas mães soteropolitanas. Essa troca de "posts" na rede, potencializada pelas novas tecnologias, torna possível que mães de toda a cidade posssam compartilhar suas experiências sobre o dia-a-dia do universo materno.

Em um post no blog Viagem de Bruno- www.viagemdebruno.blogger.com.br -, a mãe e blogueira Valdilene, uma das blogueiras do grupo de Salvador, expressa um pouco da importância que os blogs ganharam em sua vida:

"Este blog aqui é o meu xodó... gosto de voltar aos post anteriores, quando ainda estava grávida, de reler as descobertas e todo o crescimento dos meninos... Leio tanta coisa que já nem me lembrava e passo pra eles as informações daqueles primeiros tempos... Mas enfim, estou em outra página, site, sítio... Criei o Paranóias... Aqui jamais será esquecido, apenas hibernará um pouco... Sei que vou sentir saudade e vou voltar, sempre... sempre..."