O que você faria agora com R$ 1667,00? Daria para comprar aquele tão sonhado aparelho de televisão para assistir a Copa do Mundo em alta definição ou um bom computador. Dividindo os 320 bilhões pelo número de habitantes chegamos a este número. Isso quer dizer que eu, você e cada brasileiro pagamos cada um o equivalente a R$1667,00 em impostos desde 1º de janeiro até hoje.
Tudo isso seria mais aceitável se os recursos arrecadados pelo governo fossem revertidos para o bem comum, investimentos, ou obras nas cidades sem que houvessem desperdícios ou desvios, mas sabemos que não é isso que acontece.
Os investimentos em educação, por exemplo, que deveriam ser de 8% do PIB, segundo recomendação da UNICEF, devem chegar em apenas 5% em 2010. Já na saúde, os investimentos feitos em 2007, R$ 50 bilhões, semelhante ao de 2008, segundo o Dieese, é praticamente o mesmo dos últimos 15 anos.
Enquanto isso, o relógio do impostômetro não para nem por um momento. É muito fácil entender os impactos das altas taxas de tributos brasileiros em nosso dia-a-dia. Num pacote de sabão em pó que custa R$ 3,98, pagamos R$ 1,68 apenas em impostos, de acordo com tabela divulgada pelo site Diário do Comércio da Associação do Comércio de São Paulo.
Outro exemplo, é de um automóvel Honda City fabricado no Brasil e lançado no México, com o preço inicial de R$25.800, enquanto por aqui o carro sem os freios ABS custou R$ 56.210. Na Argentina, o mesmo automóvel, também sem os freios ABS, custou R$34.800.
Este exemplo nos mostra como a taxa tributária brasileira está entre as mais perversas do mundo. Acompanhe abaixo a tabela completa dos impostos sobre alguns produtos consumidos diariamente pelos brasileiros. A tabela é um pouco antiga e se refere aos preços de São Paulo, mas nos dá uma noção de como os impostos impactam nos preços finais dos produtos.
