segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jornalismo virtual e necessidades reais

A temporada de chuva mal começou e os danos já são imensos à população. Como os olhares e ouvidos da maioria dos leitores estavam voltados para a tragédia que a chuva causou no Rio de Janeiro ou para os transtornos na capital baiana, a população da Região Metropolitana de Salvador, onde algumas cidades ficaram até três dias de sem energia elétrica foram deixadas de lado nos noticiário, mas seus moradores trabalharam como repórteres locais. Eles enviaram fotos e contaram histórias, chamaram atenção para problemas de sua cidades.
Em Dias D`Ávila, a 60 km de Salvador, moradores contaram que tiveram que conviver com uma árvore caída sobre a fiação durante dois dias. “Parte da rua ficou inacessível”, conta Antônio Dórea, que reclama, também, dos prejuízos em seu comércio. Enquanto eles tinham que conviver com a árvore e sem energia, em um condomínio, na linha verde, em Camaçari, moradores enfrentavam problemas mais sérios de convivência, segundo moradora, no local há um lago que teve o nível de vazão alterado e com isso as cobras sucuris começaram a circular nas proximidades das casas onde crianças e moradores esperavam o socorro da Defesa Civil, que 12 horas depois de ser acionadas ainda não haviam dado retorno. Boa parte dos posts vinhas acompanhado de fotos mostrando inundações e até destelhamento, como ocorreu em Simões Filho e Lauro de Freitas, ambas cidade tiveram serviço de energia suspenso durante dois três dias. No caso de Lauro de Freitas o estrago causado pelas enxurradas não se restringiu à periferia de cidade como costuma ser, bairros de classe média ficaram inundados denunciando a ausência de serviços básicos, como saneamento, mesmo para pessoas que pagam altas taxas de IPTU.
Segundo a Defesa Cilvil uma sub-estação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) caiu e essas cidades foram as mais prejudicadas já que a sub-estação fazia parte do sistema de fornecimento desse locais. E a Companhia Bahiana de Energia (Coelba) alegou que a demanda era muito grande e por isso não podiam atender à todas solicitações registradas no período.