sábado, 8 de maio de 2010

Mamãe sem lar

Sábado, 8 de maio, véspera do dia das mães. Como aconte em todos os anos, o comércio estava agitado, os shoppings lotados e as filas das lojas intermináveis. Neste mesmo dia encontramos sentada em uma calçada da Avenida Paulo VI, Ana, uma jovem de 35 anos que é mãe de três filhos. O mais velho tem 4 anos e o mais novo ainda não completou 1.

Ana conta que nasceu no interior da Bahia e foi morar nas ruas quando seu marido faleceu. Não tendo como pagar aluguel e sem parentes na cidade, após algum tempo na casa de conhecidos, acabou optando por morar nas ruas.Como meio de sobrevivência, ela, os filhos e o atual companheiro catam lixo nas ruas.

Para Ana o lixo é a sua fonte de renda: procura produtos pra vender, principalmente ao ferro velho e restos de comida para toda a família.
Questionada sobre o dia das mães, ela diz que tem saudades dos tempos que sua mãe era viva, e que se pudesse escolher um presente, ia querer uma casinha, pra criar os filhos, porque é muito difícil “ver os filhos sentirem fome e não ter pra dar de comer todos os dias. Ninguém merece ter uma ‘sorte’ como esta”.